Pressão Arterial e Perfil Lipídico em Mulheres Jovens: o Papel da Avaliação Antropométrica
Por Marcelo Custódio Rubira (Autor), Ana Paula Fernandes de Angelis Rubira (Autor), Lucas de Angelis Rubira, (Autor), Milton Carlos Martins Lima (Autor), Roberto Jorge da Silva Franco (Autor), Fernanda Marciano Consolim Colombo (Autor).
Resumo
Composição corporal tem importância fundamental para a qualidade de vida e é um forte preditor de mortalidade e morbidade nos seres humanos. A identificação e o monitoramento da quantidade de gordura corporal têm recebido atenção especial no que se refere aos aspectos relacionados com a promoção da saúde, não apenas de suas ações na prevenção e no controle das doenças cardiovasculares, mas também pela sua associação com fatores de risco, especialmente em níveis de lipídeos plasmáticos e da pressão arterial. Foi investigado a relação entre o índice de massa corporal (IMC) e percentual de gordura corporal (% GC) pela bioimpedância elétrica (BIA), com os níveis de pressão arterial (sistólica e diastólica) e lipídeos séricos (CT, HDL-c, LDL-c, VLDL-c, TG). Em um grupo de 57 mulheres (com idades entre 18 e 26 anos de idade), a obesidade foi detectada em cinco e 19 mulheres, IMC (≥ 30 kg/m2) e % BF (≥ 30%), respectivamente. IMC e % GC foram positivamente correlacionados com a pressão arterial (sistólica e diastólica), e altamente significativos no grupo dos obesos pelo % GC. Além disso, o IMC e % GC foram significativamente correlacionados com todos os lipídios e frações de lipoproteínas VLDL-C e triglicérides, respectivamente. Estes resultados sugerem que o % GC é um bom indicador de “obesidade oculta” em indivíduos com índice de massa corporal normal. Que o uso associado de IMC e % GC para melhor avaliar a obesidade pode melhorar o estudo dos níveis de pressão arterial e alterações de lipídios que é geralmente associada à obesidade.