Resumo

Introdução: A Síndrome do estresse tibial medial pode ser definida como dor ao longo da borda posteromedial da tíbia que ocorre durante o exercício, sua incidência pode chegar a 35% em militares e atletas. Objetivo: Mostrar a prevalência da síndrome do estresse tibial medial nos estudantes dos cursos de Educação Física e Fisioterapia da Universidade Federal do Espírito Santo, e as características de gênero, tipo e volume de atividade física e o curso matriculado dos alunos acometidos pela síndrome. Métodos: Trata-se de um estudo transversal, no qual foram incluídos um total de 141 estudantes, todos responderam um questionário com perguntas sobre dados pessoais, nível de atividade física e história clínica da síndrome. Naqueles que apresentaram história clínica compatível foi realizado um exame físico, caso fosse positivo o participante era diagnosticado com a síndrome. Resultados: Não houve diferenças significativas entre a prevalência de síndrome entre os cursos, entre sexos, e nem correlação com o volume de atividade física praticado. A atividade mais relatada pelos indivíduos com a síndrome foi a musculação. Conclusão: Os fatores extrínsecos como volume e tipo de atividade física não estão associados a síndrome do estresse tibial medial.

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