Prevalência de Active Play em crianças e adolescentes brasileiros: uma revisão sistemática
Por Anselmo Alexandre Mendes (Autor), Wendell Arthur Lopes (Autor), João Carlos Locateli (Autor), Gustavo Henrique de Oliveira (Autor), Ricardo Henrique Bim (Autor), Caroline Ferraz Simões (Autor), Victor Hugo de Souza Mendes (Autor), Ana Maria Ceolim dos Santos Melo (Autor), Nelson Nardo Junior (Autor).
Em Revista Brasileira de Cineantropometria & Desempenho Humano v. 20, n 4, 2018.
Resumo
Foi realizada Revisão sistemática acerca da prevalência de brincadeiras ativas em crianças e adolescentes brasileiros. Apenas trabalhos científicos totalmente disponíveis que mediram a atividade física praticada como brincadeira ou lazer em crianças e/ou adolescentes brasileiros foram considerados para inclusão. A busca por artigos foi realizada nas seguintes bases de dados eletrônicas: PubMed/Medline, Web of Science, Bireme, Scielo e Scopus. Inicialmente, 63 artigos preencheram os critérios de elegibilidade, e após análise minuciosa, sete estudos foram incluídos na presente revisão. A prevalência geral de brincadeiras ativas foi de 36%, variando de 27,2% a 79,3%. Os meninos apresentaram prevalência de 47%, variando de 39,1% a 79,9%, enquanto a prevalência nas meninas chegou a 26%, variando de 13,9% a78,7%. Embora no Brasil essa prevalência não seja satisfatória, destaca-se o potencial de apresentar dados relevantes sobre esta temática. Corroborando com outros estudos, os meninos apresentaram maior prevalência de atividade física como brincadeira ou lazer que as meninas. Além disso, não foi encontrado um padrão socioeconômico em relação à prevalência de brincadeiras ativas em crianças e adolescentes quando os resultados deste estudo foram comparados com outros estudos desenvolvidos em outros países de diferentes condições socioeconômicas. Portanto, brincadeiras ativas devem ser investigadas individualmente, como um componente essencial da atividade física, bem como seu impacto nas comorbidades relacionadas à inatividade física.