Resumo

Introdução: Atletas de alto rendimento passam inúmeras horas por semana treinando e, portanto, estão mais predispostos a sofrer lesões relacionadas ao esporte. Evidências mostram que a depressão e graus menos graves de sofrimento emocional predizem ambos: o início de novos episódios e a persistência da dor. Objetivo: Examinar a associação de rotinas de treinamento em natação, estresse no trabalho (desequilíbrio esforço-recompensa) e outros fatores com prevalência de dor e sofrimento psíquico em nadadores de alto rendimento. Além disso, examinamos a relação de sofrimento psicológico e dor. Métodos: Estudo seccional observacional. Quarenta e dois nadadores de alto rendimento (N = 42) do nível competitivo mais elevado (World-Class e Olympic) participaram do estudo como amostra de conveniência. As análises foram realizadas usando 2, regressões logísticas simples e múltipla (via modelos lineares generalizados). Resultados: A prevalência de sofrimento psíquico foi de 35,7%. A prevalência de dor foi de 45,2% e houve diferença significativa entre homens e mulheres (p<0,001). Fatores psicológicos, psicossociais, biológicos, socioeconômicos e demográficos não foram associados à dor (p>0,05). Marcadores subjetivos relacionados ao excesso de treinamento e baixa recompensa foram associados com sofrimento psíquico (p=0,020), mas não com dor. Sofrimento psicológico e dor foram associados com a diminuição do desempenho e menor qualidade de vida atletas. Conclusão: É necessária maior atenção nas rotinas de treinamento, dentro e fora da piscina, para prevenir a dor em nadadores de alto desempenho. 

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