Prevalência de Dor nas Costas e Fatores Associados em Escolares do Ensino Fundamental de Uma Escola Militar: Um Estudo Transversal
Por Marja Bochehin do Valle (Autor), Cláudia Tarragô Candotti (Autor).
Em Revista Brasileira de Ciência & Movimento v. 24, n 2, 2016. Da página 16 a 34
Resumo
Os maus hábitos posturais podem ser responsáveis pela alta prevalência de dor nas costas e de alterações posturais de escolares. Objetivou-se verificar a prevalência de dor nas costas em escolares do Ensino Fundamental de uma escola militar do município de Porto Alegre- RS e verificar a associação com fatores demográficos, comportamentais, socioeconômicos e hereditários. Foram avaliados 76 escolares das 6a e 8a séries, utilizando o questionário BackPEI. Foi realizada estatística descritiva e o cálculo das Razões de Prevalência com IC de 95% (?=0,05). A prevalência de dor nas costas de 65,8% está associada com o tempo assistindo televisão (0 a 3 horas foram 60,4%, de 4 a 5 horas e de 8 ou mais horas foram ambos com 100% relatos de dor), com o tempo de sono (0 a 7 horas foram de 69,7%, de 8 a 9 horas foram de 59,4% e 10 horas ou mais de 100%) e sentar em um banco (25% sentam adequadamente e 70,8% inadequadamente). Embora não tenham sido encontrados valores significativos ao associar a dor nas costas com as demais variáveis, salienta-se a importância da prática de exercícios físicos regulares e do modo de trasportar a mochila escolar. A realização de avaliações posturais é importante para identificar os fatores de risco a fim evitar as dores nas costas ainda na infância. Este estudo evidencia alta prevalência de dores nas costas entre os escolares associada com: tempo ao assistir televisão, horas de sono por noite e postura utilizada ao sentar em um banco.