Prevalência de Excesso de Peso em Adolescentes de Escolas em Comunidades Quilombolas e os Fatores Associados
Por Sarah Karolina Mendonça Lamarão (Autor), Diego Felipe de Oliveira Assis (Autor), Álvaro Adolfo Duarte Alberto (Autor), Débora Vieira Rebelo Bessa (Autor).
Em 43º Simpósio Internacional de Ciências do Esporte SIMPOCE
Resumo
Introdução: Em Macapá-AP, 51,6% dos maiores de 18 anos estão com sobrepeso e 19,9% obesos. O Estado tem 71,1% da população auto definida como negro(a). É importante realizar o levantamento sobre os fatores envolvidos no processo de excesso de peso da população negra. Objetivo: Determinar a prevalência e os fatores associados ao excesso de peso em alunos de comunidades quilombolas de Macapá-AP. Método: Estudo epidemiológico transversal com delineamentos: quantitativo e descritivo, visando observar, descrever e documentar a prevalência de excesso de peso e fatores associados em adolescentes de escolas quilombolas. Resultados: O presente estudo demonstrou alta prevalência de excesso de peso (19,3%) e identificou fatores associados conforme a Tabela 1. Em relação as associações significativas identificadas, o álcool é uma bebida muito calórica e consumida em grandes quantidades, contribuindo para o ganho de peso; Corroborando com estudos, adolescentes que tinham domicílios com maior número de moradores, apresentam maior probabilidade de consumo alimentar inadequado; Os adolescentes com comportamento mais ativo, tem menos chances de desenvolver excesso de peso, devido o maior gasto energético; e apesar de contraditório, muitos estudos indicam que praticar “dietas da moda” contribuem para o excesso de peso, visto que a maioria dessas dietas não são sustentáveis e possuem um desequilíbrio nutricional. O estudo também discute variáveis importantes para o sobrepeso e a obesidade como: hábitos alimentares ruins, tabagismo, baixa renda da população, vulnerabilidade socioeconômica. Conclusão: O excesso de peso, através do trabalho teve relação com a vulnerabilidade social, mesmo a população adolescente mostrando excesso de peso de 51,6%, ela se encontra em vulnerabilidade social e insegurança alimentar. Porém, são necessários outros estudos que quantifiquem estes dados e os relacionem a outras variáveis. Além de políticas que auxiliem a prevenção do excesso de peso.