Prevalência de Hipertensão arterial, condição clínica de pressão arterial e classe de anti-hipertensivos utilizados em idosas que ingressaram no projeto de extensão Fluir Movimento.
Por Benaildes Rocha Da Silva (Autor), Marcos Vinicius Casais Barreto (Autor), Marcela Rodrigues De Castro (Autor), Victor Hugo De Freitas (Autor), Sabrina Correia De Oliveira (Autor).
Em 46º Simpósio Internacional de Ciências do Esporte SIMPOCE
Resumo
Em 2006, um estudo estimou que 29,9% da população de Salvador estava com hipertensão arterial (HA). A prevalência de HA aumenta com a idade, e embora saibamos que em 2003 71,7% dos brasileiros acima de 70 anos estavam com HA, essa informação em idosas da Cidade de salvador, em específico as que participam de um projeto de extensão da Universidade Federal da Bahia que tem por objetivo oferecer a prática do Pilates gratuito, não é conhecida. Essa informação é importante para o planejamento de futuras estratégias para melhorar o atendimento dessas idosas. Outra informação importante é entender se as idosas em tratamento de HA chegam com níveis normais de pressão arterial (PA). Além disso, uma vez que o tratamento farmacológico é predominante, outra informação importante é entender qual a classe de anti-hipertensivo tem sido utilizada. Objetivo: investigar a prevalência de HA, a condição clínica de pressão arterial e a classe de anti-hipertensivos utilizados em idosas que ingressaram no projeto de extensão Fluir Movimento. Materiais e métodos: A amostra foi composta por 57 mulheres idosas (≥ 60 anos) que ingressaram no projeto de extensão Fluir Movimento, um projeto de extensão da Universidade Federal da Bahia que tem por objetivo oferecer a prática do Pilates gratuito para a comunidade. A HA foi autorrelatada durante a triagem de saúde ou foi identificada pelo uso de medicamento anti-hipertensivo. Também foi relatado o medicamento anti-hipertensivo utilizado, para que posteriormente, este fosse identificado de acordo com sua classe. A PA foi mensurada por meio de um monitor oscilométrico (OMHOM 7122). Os dados estão descritos por meio da frequência absoluta e relativa. Resultados: 35 idosas (61,4%) relataram ter HA, e todas estavam realizando tratamento medicamentoso. Com relação a condição clínica de PA, 22 (63%) idosas apresentavam PA normal (<130 PAS/85 PAD), 8 (23%) apresentaram PA na zona de pré-hipertensão (<121-139 PAS/81-89 PAD) e 5 (14%) apresentaram PA clínica na zona de hipertensão estágio 1 (<140-159 PAS/90-99 PAD). Com relação a classe de anti-hipertensivos utilizados, 17 (48,57%) usam antagonistas do receptor de angiotensina II, 7 (20%) inibidores dos canais de cálcio, 7 (20%) diuréticos, 3 (8,57%) betabloqueadores e 1 (2,86%) inibidores da enzima conversora de angiotensina. Algumas idosas informaram que utilizavam mais de uma medicação. Outras informações relevantes: IMC das idosas hipertensas, 6 (17,14%) estão com peso normal, 13 (37,14%) com sobrepeso, 12 (34,29%) obesidade grau 1 e 4 (11,43%) obesidade grau 2. Em relação à prática de atividade física, 16 (45.71%) idosas hipertensas eram ativas e 19 (54.28%) inativas. Conclusão: Conclui-se que a maioria das idosas participantes do projeto de extensão Fluir Movimento são hipertensas, e a maior parte apresentaram condição clínica de PA normal. Todas estavam realizando tratamento medicamentoso, e a classe de anti-hipertensivo mais utilizada foi a de antagonistas do receptor de angiotensina II. Além disso, é importante ressaltar que poucas idosas apresentavam peso normal, a maioria estava com sobrepeso, e eram fisicamente inativas.