Resumo

Introdução: A inatividade física é o quarto maior fator de risco para a mortalidade global, causando aproximadamente 3,2 milhões de mortes em todo o mundo. Dessas mortes atribuíveis a inatividade física, 2,6 milhões estão em países de baixos e médios rendimentos (WHO, 2010). Objetivo: Identificar as associações entre a forma de deslocamento até a escola e prevalência de inatividade física em adolescentes. Método: Participaram deste estudo 595 adolescentes de ambos os sexos entre 10 e 15 anos de idade matriculados nas séries finais do ensino fundamental II das escolas públicas estaduais da cidade de Macapá-AP/Brasil. A prevalência de inatividade física foi mensurada com o IPAQ curto 8 e definida como praticar atividade física moderada e/ou vigorosa por um período < 300 minutos/semana. Para caracterizar o deslocamento à escola utilizou-se um questionário em que os alunos indicaram a forma de transporte até a mesma, classificando-se como ativo (caminhando/bicicleta) ou passivo (transporte automotor). As análises de associação bruta foram realizadas pelo teste Qui-Quadrado. As análises ajustadas foram realizadas pela regressão logística binária e a magnitude das associações foi medida pela Odds Ratio (OR), com nível de significância de 5%. Resultados: A prevalência inatividade física nos adolescentes estudados foi de 70,3% (IC95%: 66,8-73,3). A forma de deslocamento até a escola associada à prevalência de inatividade física foi o transporte escolar automotor. Indicando que o fato dos adolescentes realizarem deslocamento para a escola de forma passiva têm mais chance (OR:6,21; IC95%:3,29 - 11,71) (masculino) e (OR:3,91; IC95%: 1,39 - 11,11) (feminino) de virem a ser inativos fisicamente. Conclusão: Os resultados obtidos sugerem que realizar deslocamento passivo até a escola está associado à prevalência de inatividade física. Estratégias de intervenção para promover a prática regular de atividade física devem ser dirigidas a subgrupos da população que estão inativos fisicamente.

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