Prevalência de Inatividade Física Associada Aos Deslocamentos Para Escola em Adolescentes
Por Andreia Pinheiro de Carvalho (Autor), Sarah Karolina Mendonça Lamarão (Autor), Diego Felipe de Oliveira Assis (Autor), Dirley Cardoso Moreira (Autor), Rayssa Luana Queirós da Silva (Autor), Klicia Dayane Silva Chagas (Autor), Rodrigo Castro Moreira (Autor), Michell Moraes Brito (Autor), Aylton José Figueira Jr (Autor).
Em 40º Simpósio Internacional de Ciências do Esporte SIMPOCE
Resumo
Introdução: A inatividade física é o quarto maior fator de risco para a mortalidade global, causando aproximadamente 3,2 milhões de mortes em todo o mundo. Dessas mortes atribuíveis a inatividade física, 2,6 milhões estão em países de baixos e médios rendimentos (WHO, 2010). Objetivo: Identificar as associações entre a forma de deslocamento até a escola e prevalência de inatividade física em adolescentes. Método: Participaram deste estudo 595 adolescentes de ambos os sexos entre 10 e 15 anos de idade matriculados nas séries finais do ensino fundamental II das escolas públicas estaduais da cidade de Macapá-AP/Brasil. A prevalência de inatividade física foi mensurada com o IPAQ curto 8 e definida como praticar atividade física moderada e/ou vigorosa por um período < 300 minutos/semana. Para caracterizar o deslocamento à escola utilizou-se um questionário em que os alunos indicaram a forma de transporte até a mesma, classificando-se como ativo (caminhando/bicicleta) ou passivo (transporte automotor). As análises de associação bruta foram realizadas pelo teste Qui-Quadrado. As análises ajustadas foram realizadas pela regressão logística binária e a magnitude das associações foi medida pela Odds Ratio (OR), com nível de significância de 5%. Resultados: A prevalência inatividade física nos adolescentes estudados foi de 70,3% (IC95%: 66,8-73,3). A forma de deslocamento até a escola associada à prevalência de inatividade física foi o transporte escolar automotor. Indicando que o fato dos adolescentes realizarem deslocamento para a escola de forma passiva têm mais chance (OR:6,21; IC95%:3,29 - 11,71) (masculino) e (OR:3,91; IC95%: 1,39 - 11,11) (feminino) de virem a ser inativos fisicamente. Conclusão: Os resultados obtidos sugerem que realizar deslocamento passivo até a escola está associado à prevalência de inatividade física. Estratégias de intervenção para promover a prática regular de atividade física devem ser dirigidas a subgrupos da população que estão inativos fisicamente.