Prevalência de risco elevado de doença coronariana segundo diferentes indicadores antropométricos em militares do Exército Brasileiro: um estudo populacional

A obesidade pode ser considerada como um fator limitador do desempenho profissional, com destaque para a carreira militar, a qual tem na higidez e na manutenção da aptidão física requisitos essenciais para o desempenho em suas tarefas.

Objetivo: Comparar a prevalência de risco elevado de doença coronariana (REDC), estimada por pontos de corte específicos a partir dos indicadores antropométricos: Índice de Massa Corporal (IMC), Índice de Conicidade (Índice C), circunferência de cintura (CC), Índice Indicativo da Gordura Corporal (IGC) e razão cintura-estatura (RCEst) em militares do Exército Brasileiro (EB).

Métodos: Estudo transversal, com amostra aleatória populacional, composta por 49.414 militares do sexo masculino, categorizados por faixa etária. A prevalência de REDC foi estimada por cada indicador antropométrico. As diferenças entre as médias foram examinadas pela análise de variância de Kruskal-Wallis (H) com análise post hoc do teste de Mann-Whitney (U). Para todas as análises o nível de confiança adotado foi de 95%.

Resultados: Houve prevalência elevada de REDC segundo todos os indicadores antropométricos examinados, em todas as faixas etárias, exceto na de até 20 anos de idade, sendo que se observou aumento na prevalência conforme aumentava a faixa etária, sendo que todas as faixas acima de 30 anos exibiam prevalência igual ou superior a 50%.

Conclusão: A prevalência elevada na população de estudo indica que há necessidade de intervenção em saúde no âmbito do EB incentivar mudanças em hábitos saudáveis como nutrição e nível de atividade física promovendo a saúde e a medicina preventiva. Os resultados foram discutidos.

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