Prevalência de Síndrome Metabólica em Mulheres de Um Programa de Exercícios Físicos em Um Município Goiano
Por Rafaela Soares Rodrigues (Autor), Gustavo Osório Zanina (Autor), Diego Alves da Silva (Autor), Paulo Adriano Naves Prudente (Autor), Gabriela de Oliveira Teles (Autor), Neidiane Rosa Trindade (Autor), Menandes Alves de Souza Neto (Autor), Maria Sebastiana Silva (Autor).
Em 40º Simpósio Internacional de Ciências do Esporte SIMPOCE
Resumo
Introdução: A Síndrome Metabólica (SM) é caracterizada com um transtorno complexo de fatores de risco associados às doenças cardiovasculares. Frente aos elevados índices de fatores de risco para a SM na população, a prática regular de exercícios físicos tem sido recomendada como estratégias de atenção primária à saúde. Desse modo é importante conhecer a prevalência de fatores de risco e prevalência de SM em indivíduos que procuram por programas de exercícios físicos. Objetivo: Avaliar a prevalência de síndrome metabólica em mulheres inscritas em um programa de exercícios físicos. Métodos: Integraram o estudo 79 mulheres adultas (Idade= 40,8 ± 9,6 anos; IMC = 31,9 ± 7,8 km/m2; Z score SM = 1,15 ± 4,38), assistidas pela Estratégia de Saúde da Família, que foram avaliadas no início do programa de exercícios físicos promovido pela Universidade Federal de Goiás em parceria com a Prefeitura do município. O recrutamento dos sujeitos foi realizado por meio dos agentes de saúde e enfermeiros da Estratégia Saúde da Família de Santo Antônio de Goiás e os exames e avaliações realizados pela equipe de pesquisadores da Universidade Federal de Goiás. Avaliou-se circunferência de cintura (CC), pressão arterial sistólica (PAS), pressão arterial diastólica (PAD) e os níveis séricos de glicose (GLIC.), triglicerídeos (TG) e lipoproteína de alta densidade (HDL-c). Para diagnóstico da SM foram considerados os critérios do NCEP-ATP III (presença de três ou mais fatores de risco): CC > 88 cm; TG ³ 150 mg/dl; HDL-c < 50 mg/dl; GLIC. 110 mg/dl; PAS 130 mm/Hg; PAD 85 mm/Hg; SM =. O uso de medicamentos foi considerado como critério de risco. Os dados foram transformados em categóricos binomiais e analisados pela distribuição de frequência. Os resultados de cada grupo estão apresentados em valor absoluto (n) e em percentual (%). Os testes estatísticos foram realizados pelo software IBM SPSS 21.0®. Resultados: Foi encontrado um número elevado de pessoas com síndrome metabólica que ingressam do programa de exercícios físicos. A prevalência dos fatores de risco para síndrome metabólica, conforme consta na tabela 1, foi maior que 50% para a maioria das variáveis, sendo os mais expressivos o HDL-c reduzido e PAS e CC elevada. Os níveis de triglicerídeos foi o fator de risco com menor prevalência. As combinações de fatores de risco que apresentaram maior prevalência no grupo com síndrome metabólica foram HDL+CC+PA (n=17, 36,2%), HDL+CC+PA+GLIC (n=10, 21,3%), HDL+CC+PA+TG (n=7, 14,9%). No grupo sem síndrome metabólica as principais combinações foram CC+PA (n=5, 15,6%), HDL+PA (n=5, 15,6%), CC+HDL (n=4, 12,5%). Conclusões: Os achados sobre a prevalência de síndrome metabólica entre as mulheres superior aos índices encontrados na literatura, pode ser devido ao local de recrutamento das participantes que foi a Estratégia de Saúde da Família. Para esta população, a redução da CC, PA e aumento do HDL-c devem ser a principal meta do tratamento.