Resumo

Introdução: A Síndrome Metabólica (SM) é caracterizada com um transtorno complexo de fatores de risco associados às doenças cardiovasculares. Frente aos elevados índices de fatores de risco para a SM na população, a prática regular de exercícios físicos tem sido recomendada como estratégias de atenção primária à saúde. Desse modo é importante conhecer a prevalência de fatores de risco e prevalência de SM em indivíduos que procuram por programas de exercícios físicos. Objetivo: Avaliar a prevalência de síndrome metabólica em mulheres inscritas em um programa de exercícios físicos. Métodos: Integraram o estudo 79 mulheres adultas (Idade= 40,8 ± 9,6 anos; IMC = 31,9 ± 7,8 km/m2; Z score SM = 1,15 ± 4,38), assistidas pela Estratégia de Saúde da Família, que foram avaliadas no início do programa de exercícios físicos promovido pela Universidade Federal de Goiás em parceria com a Prefeitura do município. O recrutamento dos sujeitos foi realizado por meio dos agentes de saúde e enfermeiros da Estratégia Saúde da Família de Santo Antônio de Goiás e os exames e avaliações realizados pela equipe de pesquisadores da Universidade Federal de Goiás. Avaliou-se circunferência de cintura (CC), pressão arterial sistólica (PAS), pressão arterial diastólica (PAD) e os níveis séricos de glicose (GLIC.), triglicerídeos (TG) e lipoproteína de alta densidade (HDL-c). Para diagnóstico da SM foram considerados os critérios do NCEP-ATP III (presença de três ou mais fatores de risco): CC > 88 cm; TG ³ 150 mg/dl; HDL-c < 50 mg/dl; GLIC.  110 mg/dl; PAS  130 mm/Hg; PAD  85 mm/Hg; SM =. O uso de medicamentos foi considerado como critério de risco. Os dados foram transformados em categóricos binomiais e analisados pela distribuição de frequência. Os resultados de cada grupo estão apresentados em valor absoluto (n) e em percentual (%). Os testes estatísticos foram realizados pelo software IBM SPSS 21.0®. Resultados: Foi encontrado um número elevado de pessoas com síndrome metabólica que ingressam do programa de exercícios físicos. A prevalência dos fatores de risco para síndrome metabólica, conforme consta na tabela 1, foi maior que 50% para a maioria das variáveis, sendo os mais expressivos o HDL-c reduzido e PAS e CC elevada. Os níveis de triglicerídeos foi o fator de risco com menor prevalência. As combinações de fatores de risco que apresentaram maior prevalência no grupo com síndrome metabólica foram HDL+CC+PA (n=17, 36,2%), HDL+CC+PA+GLIC (n=10, 21,3%), HDL+CC+PA+TG (n=7, 14,9%). No grupo sem síndrome metabólica as principais combinações foram CC+PA (n=5, 15,6%), HDL+PA (n=5, 15,6%), CC+HDL (n=4, 12,5%). Conclusões: Os achados sobre a prevalência de síndrome metabólica entre as mulheres superior aos índices encontrados na literatura, pode ser devido ao local de recrutamento das participantes que foi a Estratégia de Saúde da Família. Para esta população, a redução da CC, PA e aumento do HDL-c devem ser a principal meta do tratamento.

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