Resumo

Introdução: Os distúrbios osteomusculares são um dos problemas de saúde mais frequentes em trabalhadores da área da educação e podem levar ao aparecimento de diversos sinais como a dor e incapacidade funcional, causando absenteísmo das atividades de trabalho (SHUAI et al., 2014). Apesar da alta prevalência de distúrbios osteomusculares em docentes, há uma escassez de informações com professores de educação física que trabalham no ensino básico. Objetivo: Avaliar a prevalência de sintomas osteomusculares e incapacidade funcional em professores de educação física que ministram aulas no ensino infantil e fundamental. Materiais e Métodos: Participaram do estudo 20 professores (12 homens e 8 mulheres), que estavam em plena docência na educação infantil e ensino fundamental, das 24 escolas municipais da cidade de Caçador/SC. Para avaliar os sintomas osteomusculares foi utilizado o Questionário Nórdico de Sintomas Osteomusculares (QNSO), adaptado culturalmente para a língua portuguesa por Barros e Alexandre (2003). É composto por uma figura humana dividida em nove regiões anatômicas, na qual o respondente deve relatar a ocorrência dos sintomas considerando os 12 meses e os sete dias precedentes à entrevista, bem como informar a ocorrência de afastamento das atividades rotineiras no último ano (PINHEIRO et al., 2002). A avaliação aconteceu nos meses de outubro, novembro e início de dezembro de 2015, nos períodos matutino e vespertino, durante as aulas. Resultados: Os resultados dos sintomas osteomusculares mostrou que nos últimos 12 meses os professores de educação física apresentaram problemas osteomusculares principalmente nas regiões anatômicas dos ombros com 38,1% dos casos, parte inferior e superior das costas, 38,1% e 28,5%, respectivamente, e 28,5% no pescoço. Se afastaram nos últimos 12 meses das atividades diárias por problemas osteomusculares nos ombros 9,5% dos professores, na parte inferior das costas 4,7% dos professores e 9,5% se afastaram por problemas nos joelhos. Nos sete dias precedentes ao questionário, 14,2% dos professores de educação física ainda apresentavam sintomas na parte inferior das costas, 9,5% no quadril/coxas, 9,5% nos punhos/mãos e 9,5% no pescoço. Conclusão: Os professores de educação física do ensino infantil e fundamental apresentam alta prevalência de sintomas osteomusculares e afastamentos das atividades do trabalho.

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