Prevalência de Sobrepeso e Obesidade Infantil em Instituições de Ensino: Públicas Vs. Privadas
Por João Marcelo de Queiroz Miranda (Autor), Marcus Vinícius Palmeira (Autor), Luis Felipe Tubagi Polito (Autor), Maria Regina Ferreira Brandão (Autor), Danilo Sales Bocalini (Autor), Aylton José Figueira Junio (Autor).
Em Revista Brasileira de Medicina do Esporte v. 21, n 2, 2015. Da página 104 a 108
Resumo
Introdução: dados epidemiológicos indicam que a obesidade infantil está aumentando na população brasileira e é apontada como um fator de risco para o desenvolvimento precoce de doenças crônicas. A obesidade tem sido caracterizada pelo aumento do tecido adiposo e do peso corporal. Objetivo: diagnosticar e comparar a prevalência de sobrepeso e obesidade em escolares da rede pública (EPU) e privada (EPR). Além disso, foi feita uma correlação entre o IMC e o percentual de gordura corporal em crianças de ambos os sexos. Métodos: foram avaliadas variáveis antropométricas (IMC e DOC) de meninos (n = 91) e meninas (n = 109) entre 8 e 10 anos de idade. Foi observada maior prevalência de sobrepeso em meninos (19,6%) e meninas (25,5%) da EPR em comparação com meninos (6,7%) e meninas (8,1%) da EPU. O nível de obesidade também foi maior em meninos (34,8%) e meninas (31,9%) da EPR quando comparado com meninos (6,7%) e meninas (6,5%) da EPU. Obteve-se correlação positiva entre as variáveis de IMC e percentual de gordura corporal de meninos (r = 0,82) e meninas (r = 0,85). Resultados: os resultados sugerem que, apesar do aumento em todas as classes sociais, o sobrepeso e a obesidade mostram-se mais presentes naqueles com poder econômico maior, verificando-se, portanto, uma relação socioeconômica. Essa constatação pode levar a um estado de saúde mais próximo do polo negativo. Conclusão: a análise do IMC demonstrou ser um índice para determinação eficiente de sobrepeso e obesidade em crianças.