Prevalência de Transtornos Mentais Comuns e Fatores de Risco Entre Universitários
Por Joaquim Rangel Lucio Penha (Autor), Cleide Correia de Oliveira (Autor), Joyce Freitas de Sousa (Autor).
Resumo
O estudo objetivou analisar a prevalência dos Transtornos Mentais Comuns (TMC) entre os graduandos de uma universidade pública do interior do estado do Ceará e identificar os fatores de risco que predispõem aos TMC entre estudantes. Tratou-se de uma pesquisa exploratória, descritiva com abordagem quantitativa. A amostra do estudo foi composta por 192 universitários, matriculados e frequentando a universidade. O instrumento de coleta foi utilizado um questionário para obtenção de dados relativos a identificação sócia-demográfica dos participantes e a versão brasileira do Self Report Questionnaire (SRQ-20), instrumento validado que avalia o estado de sofrimento mental dos indivíduos. A maioria dos participantes é do sexo feminino (74,5%). A prevalência de TMC na população estudada correspondeu a 69,8% dos estudantes. A cobrança pessoal dos estudantes avaliados foi elevada, correspondendo a 67,7% dos casos, e destes 50% apresentam TMC. Os participantes que possuem TMC apresentaram dificuldade para dormir (43,2%) e desconforto físico (52,6%); apresentaram durante a infância e/ou adolescência as seguintes situações: medo (3,1%), timidez (9,9%), ansiedade (6,3%), bullying (2,6%), reprovações (0,5%), entre outros. Os estudantes com TMC possuiam as seguintes fontes de tensão durante a vida universitária: graduação em si (21,9%), provas e seminários (8,9%), professor (3,1%), disciplina (2,1%), estágios (1%), falta de tempo (1%), entre outros. Os resultados demonstraram a necessidade de fortalecimento de atividades para melhorar o estado de saúde mental dos universitários, onde há a necessidade de desenvolverem uma assistência psicopedagógica de forma efetiva no decorrer de toda a graduação.
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