Resumo

A adolescência é um dos processos mais importantes do desenvolvimento humano, envolvendo transformações físicas, psicológicas e sociais. Nessa fase podem surgir situações de risco, uso de álcool, atividades perigosas ou arriscadas e até mesmo seu primeiro contato com drogas ilícitas. O estudo busca estimar a prevalência do uso de drogas e fatores associados em adolescentes escolares. Assim, os alunos foram questionados quanto ao “uso de drogas”, hábitos cotidianos, aspectos socioeconômicos, bem como características que podem associar o adolescente ao uso de drogas. A amostra final foi de 2.040 adolescentes distribuídos em 21 escolas. Os critérios de inclusão foram: estar entre 14 a 19 anos em ambos os sexos, e estar devidamente matriculado no ensino médio. O Instrumento utilizado foi um questionário adaptado que investigou o perfil sociodemográfico e o uso de drogas. Foi adotada a versão brasileira do inventário de triagem do uso de drogas (DUSI). Os dados coletados foram analisados por meio de análises descritivas (frequência e percentual), média do conjunto de variáveis estudadas e análises bivariadas. Identificamos no estudo que 17,4% dos alunos informaram usar álcool ou drogas para se divertir. Sendo que deste resultado 5,6% dos adolescentes do sexo masculino informaram já ter usado maconha, sendo que 3,3% dos adolescentes tem maconha como sua droga predileta. Ao analisarmos a renda, 2,2% dos adolescentes com renda familiar acima dos 3 (três) salários mínimos, afirmam ter cocaína como sua droga predileta, e 5,4% desta mesma faixa de renda, tem maconha como sua droga predileta. Através do estudo pode-se entender que adolescentes que convivem com pais separados podem apresentar uma maior relação ao uso de drogas. Entretanto, não foi possível identificar associação entre cor da pele ou raça. Novas pesquisas na área precisam ser realizadas, para subsidiar projetos de intervenção e orientação aos adolescentes escolares.

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