Resumo
A ansiedade, a depressão e o estresse crônico se destacam como as desordens mentais mais prevalentes do mundo. Durante a após a pandemia de COVID-19, houve um aumento significativo nas prevalências globais, atingindo pessoas de todas as idades e populações. Em um público de discentes universitários, as estimativas são ainda maiores segundo estudos recentes. A atividade física se apresenta como uma forma de tratamento não- medicamentoso para os sintomas dessas desordens e é necessário investigar possíveis associações de fatores externos aos sintomas de ansiedade, depressão e estresse para que sejam adotadas ações de enfrentamento dessas desordens nas universidades. Objetivo: O objetivo deste estudo foi verificar a prevalência de sintomas de ansiedade, depressão e estresse em discentes de graduação da Universidade Federal do Maranhão e associar os sintomas ao nível de atividade física. Materiais e Métodos: A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisas da UFMA e 355 discentes, com idades entre 18 e 35 anos, de ambos os sexos, responderam aos DASS-21, IPAQ-SF e ABEP. Os dados foram analisados qualitativamente e descritos em valores absolutos e percentuais. As análises de associação foram realizadas por meio do Teste Exato de Fisher, utilizando o GraphPad Prism 8. Resultados: Foi verificada uma prevalência de sintomas de ansiedade em 46,20% dos discentes, em 49,61% foram verificados sintomas de depressão e sintomas de estresse foram verificados em 26,76% dos discentes participantes. 57,74% dos discentes apresentaram sintomas de COVID-19, 72,39% da amostra apresentou níveis satisfatórios de atividade física. Não foram encontradas associações entre as prevalências e o nível de atividade física. Conclusão: Foi encontrada uma alta prevalência de ansiedade, depressão e estresse entre os discentes e essas prevalências não se associaram com os níveis de atividade física nem com os sintomas de COVID-19.