Resumo

O objetivo do estudo foi identificar a prevalência do excesso de peso corporal em estudantes universitários de um estado representativo da região sul do Brasil e estabelecer associações com correlatos demográficos, do ambiente universitário e de condutas de saúde. Amostra aleatória de 5310 estudantes universitários respondeu questionário online com dados demográficos, do ambiente universitário e de oito condutas de saúde. O excesso de peso corporal foi identificado mediante o índice de massa corporal (IMC ? 25 Kg/m2). Os dados foram tratados através de análise bivariada e regressão múltipla hierarquizada. Prevalência global de exposição ao excesso de peso corporal foi equivalente a 39,1% [35,7–42,6], com taxas significativamente diferentes entre sexo, idade e situação conjugal. Da mesma forma, tipo de habitação e ano de estudo apresentaram associações significativas com o excesso de peso corporal. Entre os indicadores de conduta de saúde, com controle de todas as demais variáveis envolvidas no modelo, sintomas de depressão (p = 0,031), estresse elevado (p = 0,045), duração de sono < 6 horas/noite (p < 0,001), atividade física moderada-vigorosa < 150 min/semana (p = 0,022) e consumo de frutas/hortaliças < 5 porções/dias (p < 0,001) mostraram-se independentemente associados ao desfecho. Contudo, tabagismo, consumo nocivo de álcool e uso indevido de medicamentos controlados não permaneceram no modelo multivariado ajustado. Concluindo, os achados enfatizam a importância de propor e implementar ações de intervenção preventivas multifacetadas a fim de prevenir agravos relacionados ao excesso de peso corporal, uma vez identificada associações significativas com fatores modificáveis.

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