Prevalência e Fatores Associados à Insatisfação com a Imagem Corporal em Universitários: Análise de Inquéritos Repetidos
Por Thiago Ferreira de Sousa (Autor), Sueyla Ferreira da Silva dos Santos (Autor), Amanda Silva Rodrigues (Autor), Camila Bosquiero Papini (Autor), Diego Augusto Santos Silva (Autor), Sheilla Tribess (None).
Em Revista Brasileira de Cineantropometria & Desempenho Humano v. 21, 2019.
Resumo
A insatisfação com a imagem corporal pode favorecer o aparecimento de distúrbios como anorexia e bulimia. O objetivo deste estudo foi comparar a prevalência de insatisfação com a imagem corporal entre duas pesquisas e avaliar fatores sociodemográficos e vincular-se à universidade associada à insatisfação com a imagem corporal devido ao sobrepeso e magreza. Foram realizados dois estudos transversais com amostras de 1.085 e 1.041 alunos de instituições públicas de ensino superior nos anos de 2012 e 2014, respectivamente. A silhueta do corpo mede a insatisfação medida da imagem corporal devido ao excesso de peso e à magreza. Variáveis sociodemográficas (sexo, idade e estado civil) e vínculo com a universidade (turno de estudo, horário da universidade e áreas de estudo) foram as variáveis independentes. As comparações entre as pesquisas foram realizadas pelo teste do qui-quadrado e a associação entre as variáveis por Odds Ratio (OR). Resultados: Houve aumento na prevalência de insatisfação com a imagem corporal em estudantes da área de Engenharia entre as pesquisas. Em 2012, homens mais jovens apresentaram menores chances de insatisfação devido ao excesso de peso e maiores chances de insatisfação devido à magreza (OR: 2,06; IC95%: 1,50-2,84). Em 2014, homens mais jovens sem parceiro (OR: 2,06; IC95%: 1,50–2,84), matriculados nos 2o ano da universidade da área de Ciências da Saúde (OR: 0,49; IC95%: 0,25-0,97) apresentou menor chance de apresentar insatisfação por excesso de peso. Conclusão: A prevalência de insatisfação com a imagem corporal por excesso de peso entre as pesquisas é maior nos homens e foi associada a menores chances de insatisfação por excesso de peso nas pesquisas e nos estudantes mais jovens.
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