Resumo

Este trabalho teve o objetivo de verificar a prevalência e fatores socioeconômicos e demográficos associados ao excesso de peso em idosos brasileiros. O trabalho foi construído com os dados da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) 2002-2003. A amostra constou de 13.943 idosos, acima de 60 anos de idade. O excesso de peso (sobrepeso + obesidade) foi verificado por meio dos pontos de corte para o índice de massa corporal (IMC ≥ 25 kg/m2).
As variáveis independentes foram: sexo, idade, cor-raça, escolaridade, renda e região geográfica. Estimaram-se as razões de prevalência e os intervalos de confiança, bruto e ajustado, considerando nível de significância de 5%. A prevalência de excesso de peso foi de 45,1%. Na análise da razão de prevalência bruta, todas as variáveis foram significativas. No modelo ajustado, os grupos de idosos com maiores prevalências de excesso de peso foram: indivíduos de 60 a 69 anos (RP=1,10, IC95%: 1,07;1,12, p<0,001), do sexo feminino (RP=1,07, IC95%: 1,06;1,08, p<0,001), da cor-raça branca (RP=1,01, IC95%: 1,00;1,02, p<0,058), escolaridade média (RP=1,05, IC95%: 1,03;1,07, p<0,001), renda alta (RP=1,07, IC95%: 1,03;1,12, p<0,001) e da Região Sul (RP=1,06, IC95%: 1,03;1,08, p<0,001). Este estudo propõe que devem ser conduzidas ações estratégicas referente à prevenção e ao manejo do sobrepeso/obesidade junto à população idosa brasileira.

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