Resumo

Este estudo comparou as prevalências de níveis insuficientes de atividade física e fatores associados determinados a partir da medida das atividades físicas praticadas nos últimos sete dias e durante uma semana típica ou normal. Trata-se de uma análise transversal dos dados de base ("baseline data") de uma intervenção escolar randomizada (Projeto Saúde na Boa), que incluiu 2.096 jovens (15-24 anos; 55,6% do sexo feminino), de 20 escolas públicas (10 em Florianópolis e 10 em Recife), pareadas por tamanho e localização geográfica. Os dados foram coletados por meio de questionário previamente validado. Foram classificados como "insuficientemente ativos" os sujeitos que não atingiram dose recomendada de prática de atividades físicas (> 60 minutos diários de atividades físicas de intensidade moderada a vigorosa, > 5dias/semana). A medida de atividade física foi efetuada considerando dois períodos de referência: os últimos sete dias e uma semana típica ou normal. A medida das atividades físicas praticadas considerando a referência dos últimos sete dias resultou em prevalência mais elevada de níveis insuficientes de atividade física em comparação à medida considerando a referência da semana típica ou normal (60,8% vs. 54,6%; p < 0,001). Independentemente do período de referência da medida de atividade física, foram identificados os mesmos fatores associados a níveis insuficientes de atividade física, com uma discreta variação na magnitude das medidas de associação desse desfecho com os fatores analisados. Utilizar os últimos sete dias ou uma semana típica como referência para mensurar as atividades físicas parece produzir prevalências de níveis insuficientes de atividade física diferentes, mas fatores associados semelhantes.

Acessar