Resumo

Níveis insuficientes de prática da atividade física (inatividade física) freqüentemente têm sido associados a diversos fatores de risco e agravos à saúde em adolescentes. O objetivo deste estudo foi medir a prevalência e estudar fatores de influência associados à inatividade física nos adolescentes do município de Florianópolis, SC, Brasil. A amostra estudada incluiu 1.949 adolescentes de 12 a 18 anos de idade (963 rapazes e 986 moças) de escolas públicas e particulares, no município de Florianópolis, SC. Mediante aplicação de um questionário, levantaram-se informações demográficas (sexo e idade cronológica) e socioeconômicas (classe social e escolaridade do chefe da família). Os níveis de prática da atividade física foram estabelecidos a partir da estimativa da demanda energética diária por quilograma de massa corporal (kcal/kg/dia) mediante a aplicação de um diário de atividade física. A prevalência de jovens classificados como fisicamente inativos foi de 62,6%, sendo estatisticamente mais elevada nas moças (71,5%) do que nos rapazes (51,4%), e nos mais velhos (15-18anos= 63,4%) comparados aos mais jovens (12-14 anos= 36,65%). Os fatores de influência significativamente associados à inatividade física na análise multivariada por regressão logística, foram: moças, odds ratio(OR) de 2,62 (2,17-3,17) e maior idade, OR de 2,52 (1,48-4,13). A prevalência de adolescentes fisicamente inativos mostrou-se elevada, o que reforça a importância do desenvolvimento de ações intervencionistas que estimulem a prática da atividade física na população jovem, principalmente entre as moças e os adolescentes mais velhos.

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