Resumo

INTRODUÇÃO: O futsal vem se destacando no cenário internacional como uma das modalidades em maior ascensão. Na literatura, são escassos os estudos que relatam as lesões no gênero feminino nesta modalidade. 
OBJETIVO: O objetivo deste estudo foi identificar a prevalência de lesões em atletas do futsal feminino brasileiro. 
MÉTODOS: A amostra correspondeu às atletas que participaram da Liga Nacional de Futsal 2011, totalizando 135 atletas. Investigou-se a prevalência de lesões apresentadas durante toda a temporada de 2010. 
RESULTADOS: Das 135 atletas, 73 (54,1%) apresentaram algum tipo de lesão, sendo identificados 104 traumas. As lesões nos membros inferiores corresponderam a 86,5% do total, com 28,9% (n = 30) no tornozelo, 24% (n = 25) na coxa e o joelho correspondeu a 23,1% (n = 24). Quanto à forma, 51,9% (n = 54) ocorreram sem contato e 46,1% (n = 48) por contato direto. Durante o treinamento técnico/tático ou treinamento físico ocorreram 59,6% das lesões (n = 62) e 40,4% (n = 42), durante os jogos. Das lesões, 58,6% ocorreram pela primeira vez e 40,4% são recidivas. Não foi encontrada associação entre acompanhamento fisioterapêutico em treinos e competições, com o número e a gravidade das lesões. Também não há relação com o membro dominante e o hemicorpo do trauma. 
CONCLUSÕES: As atletas do futsal feminino brasileiro apresentam grande prevalência de lesões, principalmente no tornozelo, coxa e joelho, sendo que a maioria delas ocorre nos treinamentos. Lesões que acontecem sem contato com outro adversário prevaleceram em relação aos traumas com contato, fato que se opõe aos demais achados da literatura. O número de primeiras lesões foi maior em relação às recidivas e, quanto à gravidade, prevaleceram as lesões moderadas. Para minimizar o número de lesões, são necessárias estratégias específicas de prevenção, enfatizando os segmentos do tornozelo, joelho e coxa.

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