Prevalência de Lesões na Temporada 2002 da Seleção Brasileira Masculina de Basquete
Por Paulo Moreira (Autor), Daniel Gentil (Autor), César de Oliveira (Autor).
Em Revista Brasileira de Medicina do Esporte v. 9, n 5, 2003. Da página 258 a 262
Resumo
Este estudo objetiva apresentar a prevalência, provável etiologia e localização das lesões da Seleção Brasileira de Basquete masculina adulta durante a fase de preparação e o 14º Campeonato Mundial de Basquetebol, em 2002. No total, foram 102 queixas correspondendo ao período de 1/7/02 a 10/9/02, com média de 2,55 lesões/mês/jogador. Encontrou-se maior índice de lesões atraumáticas, incluindo as musculares, doenças sistêmicas e lesões tendinosas (66/102 queixas), ou seja, 64,7% do total. Dentre as lesões traumáticas, as mais freqüentes foram as entorses de tornozelo (13/102 lesões) com 12,8%, seguidas dos traumas diretos (contusões) na região das mãos (9/102 lesões), com 8,8%. Em relação ao local de acometimento, as maiores queixas foram nos membros inferiores (49 /102), com 48,0% e membros superiores (14/102), com 13,7%. Quanto à gravidade, lesões leves representaram 57,8%, seguidas das moderadas e graves, com 32,4% e 9,8%, respectivamente. Em relação à posição de jogo, os pivôs foram os atletas que apresentaram maior número de queixas, 45, representando 44,1% do total, sendo estas devido, principalmente, ao contato físico na região do garrafão. Dessa forma, por ser um esporte de extremo contato, as lesões traumáticas, principalmente em mãos e coxas, e as entorses de tornozelo são altamente representativas, sendo os membros inferiores os mais acometidos.