Resumo

Observações não sistemáticas de crianças e adolescentes na fase escolar indicam uma grande prevalência de sobrepeso e obesidade. O presente estudo traz a ideia de elaborar propostas de intervenção para combater a obesidade, em virtude das altas taxas de adiposidade de escolares observadas em um colégio particular em São João de Meriti (Rio de Janeiro), além da forte relação da adiposidade com diversas doenças crônicas tais como hipertensão arterial, dislipidemia, resistência à insulina, diabetes e doenças cardiovasculares. É comum, quando a obesidade se apresenta no início da infância, se tornar um processo de longo prazo, aumentando os riscos de doenças relacionadas na vida adulta. Estudos abordam o tema da obesidade, mas pouco se fala em estratégias baseadas predominantemente na prática de exercícios físicos, principalmente no âmbito escolar, deixando os professores sem instrumentos para desenvolver suas aulas. A escola possui uma grande vantagem, pois a criança, no Brasil, obrigatoriamente participa das aulas curriculares que incluem a Educação Física. Dados coletados a partir de avaliações realizadas no colégio supracitado, em São João de Meriti, identificaram 89 crianças, sendo 47 do primeiro ano (20 meninas e 27 meninos) e 42 do quinto ano (22 meninas e 20 meninos), apresentando índice de massa corporal (IMC) acima dos valores de referência, 48,94 kg/m2 no primeiro ano e 61,90 kg/m2 no quinto ano. Percebe-se que o 5º ano apresenta uma prevalência maior do que o 1º ano, o que confirma a importância da atuação do professor de Educação Física no 1º e 2º ciclo do Ensino Fundamental. Foram elaboradas propostas com a finalidade de aumentar o gasto energético de crianças em idade escolar com atividades físicas lúdicas de forma saudável e divertida, como por exemplo, a maratona diária, pular corda, atletismo, trilha lúdica e garçom aquático. Também foi proposto que se realize interação com outras áreas do conhecimento, e as famílias dos escolares, colaborando com o trabalho do professor de Educação Física. Reuniões e palestras com convidados como: médicos, nutricionistas, atletas, pessoas que obtiveram uma melhor qualidade de vida alterando seus hábitos alimentares concomitantes à prática de exercícios físicos. Além disso, sugere-se que se façam avaliações periódicas para o acompanhamento dos resultados das atividades desenvolvidas.

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