Problematização sobre as vantagens de modelos centrados no aluno versus centrados no professor no ensino da educação física
Por Cristiana Bessa Pereira (Autor), Cláudio Farias (Autor), Ana Gracinda Ramos (Autor), Patrícia Coutinho (Autor), Isabel Mesquita (Autor).
Resumo
A pertinência dos modelos de ensino na educação física está dependente dos objetivos do processo de ensino-aprendizagem pelo que não existem modelos que se afigurem absolutamente apropriados a todos os contextos e circunstâncias. Atendendo a que os modelos centrados no aluno são considerados mais adequados na atualidade, para atender à formação de alunos responsáveis, comprometidos e autónomos, é crucial que as abordagens de ensino aplicadas pelo professor considerem estas recomendações. Não obstante, os problemas colocados pela prática impõem ao professor a capacidade para aplicar estratégias de ensino que tanto se podem afiliar em abordagens centradas no aluno, como centradas no professor. Assim, impõe-se adquirir uma interpretação crítica que permita uma compreensão aprofundada sobre as vantagens de modelos centrados no aluno e outros centrados no professor, de forma a ser perspetivada a sua utilização nas aulas de educação física, considerando as necessidades de aprendizagem dos alunos. Este ensaio debruça-se sobre os dois modelos mais representativos de cada uma das abordagens na educação física, com o propósito de a partir dos principais resultados da investigação empírica realizada em cada um deles, ser gerada uma sinopse crítica sobre a sua potencialidade, ajustabilidade e pertinência face aos problemas impostos pela prática. Em consonância, será objetivo deste trabalho discorrer sobre: (a) a concetualização e estrutura didática do modelo de instrução direta e do modelo de educação desportiva; (b) a evolução e tendências da investigação em ambos os modelos, e (c) sugestões no tocante à prática pedagógica e à investigação futura sobre as abordagens de ensino na educação física.