Resumo

A pertinência dos modelos de ensino na educação física está dependente dos objetivos do processo de ensino-aprendizagem pelo que não existem modelos que se afigurem absolutamente apropriados a todos os contextos e circunstâncias. Atendendo a que os modelos centrados no aluno são considerados mais adequados na atualidade, para atender à formação de alunos responsáveis, comprometidos e autónomos, é crucial que as abordagens de ensino aplicadas pelo professor considerem estas recomendações. Não obstante, os problemas colocados pela prática impõem ao professor a capacidade para aplicar estratégias de ensino que tanto se podem afiliar em abordagens centradas no aluno, como centradas no professor. Assim, impõe-se adquirir uma interpretação crítica que permita uma compreensão aprofundada sobre as vantagens de modelos centrados no aluno e outros centrados no professor, de forma a ser perspetivada a sua utilização nas aulas de educação física, considerando as necessidades de aprendizagem dos alunos. Este ensaio debruça-se sobre os dois modelos mais representativos de cada uma das abordagens na educação física, com o propósito de a partir dos principais resultados da investigação empírica realizada em cada um deles, ser gerada uma sinopse crítica sobre a sua potencialidade, ajustabilidade e pertinência face aos problemas impostos pela prática. Em consonância, será objetivo deste trabalho discorrer sobre: (a) a concetualização e estrutura didática do modelo de instrução direta e do modelo de educação desportiva; (b) a evolução e tendências da investigação em ambos os modelos, e (c) sugestões no tocante à prática pedagógica e à investigação futura sobre as abordagens de ensino na educação física.

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