Resumo

Habitamos um mundo cada vez mais carregado de informação, que nos impõe uma dispersão de solicitações e induz uma profusão de vivências e de relações. Daí que a expressão da complexidade humana nunca tenha sido tão evidente e tão posta à prova como nos tempos que vivemos. Como afirma o poeta brasileiro Carlos Drummond de Andrade, ninguém é igual a ninguém. Todo o ser humano é um estranho ímpar. Por sermos humanos, somos também demasiado sensíveis às condições que condicionam, e por vezes determinam, as nossas vidas. Ou seja, estamos onde estamos pelos caminhos e descaminhos que percorremos (Alves, 2004). Em decorrência, a convivência continuada com pessoas egocêntricas e conflituosas, ou com pessoas positivas e solidárias, é suscetível de influenciar, de modo diverso, o modo como estamos no mundo e como construímos a nossa identidade, na relação com os outros. Ao longo do nosso percurso académico tivemos o privilégio de encontrar personalidades marcantes, i.e., pessoas que deixam um indelével rasto de luz nas vidas daqueles com quem se cruzam. O António Marques foi, indubitavelmente, uma delas.

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