Professores-autores em Rede

Parte de Recursos Educacionais Abertos: Práticas Colaborativas Políticas Públicas . páginas 91

Resumo

Se os anos 1990 foram chamados de e-década, a atual pode ser cunhada como a-década (código aberto, sistemas abertos, padrões abertos, acessos abertos, arquivos abertos, tudo aberto). Esta tendência, agora chegando com força especial na educação superior, reafirma uma ideologia que tem sua tradição construída desde o começo da computação em rede 1 . Materu (2005, p. 5)

Você é o que você compartilha é o nome do meu atual projeto de pesquisa 2 inspirado no título de um dos capítulos do interessante livro Nós Pensamos (We-Think), de Charles Leadbeater (2009). Logo no frontispício do livro, o autor afirma que o mesmo foi escrito com mais 257 pessoas. Portanto, um livro escrito por muitas pessoas, que participaram dos debates e das discussões que antecederam a sua publicação, tudo por conta da enorme e ágil possibilidade trazida pela internet. Estamos falando em rede, em produção colaborativa e, também, em software livre, software de código aberto, em crowdfunding (financiamento coletivo) 3 , em formas de licenciamento das produções culturais e científicas que avancem para muito além das restritivas leis de direito autoral (copyright) em vigor em praticamente todo o mundo. No campo da educação, referimo-nos também aos Recursos Educacionais Abertos (REA), conceito cunhado pela UNESCO desde o início dos anos 2000 a partir de diversas conferências e declarações, como a de Cape Town, que preconizava a necessidade de envidar esforços para garantir a produção e uso de mais e diversificados recursos abertos para a educação, desenvolvendo “estratégias adicionais em tecnologia educacional aberta, o compartilhamento aberto de práticas de ensino e outras abordagens que promovam a causa maior da educação aberta” 4 

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