Resumo

As atuais políticas internacionais e nacionais de Educação Especial e Educação Inclusiva buscam garantir que todos, sem exceção, tenham igualdade de direitos ao acesso, permanência e oportunidades de aprendizagens satisfatórias em todos os segmentos e áreas do conhecimento propostas pela Educação Básica, dentre elas, a Educação Física. Partindo da premissa de que a formação profissional do professor colabora com as conjecturas do movimento inclusivo, esta pesquisa teve por objetivo analisar se e como um Programa de Formação Continuada para professores de Educação Física contribui na construção e reconstrução de saberes sobre inclusão escolar, viabilizando discursos e práticas (mais) inclusivas, sobretudo, para alunos com deficiência. Para responder estes objetivos, a pesquisa aqui apresentada foi caracterizada como qualitativa, delineada pelos entendimentos da pesquisa-ação e os dados analisados por meio de categorias. O Programa de Formação Continuada contou com a participação de cinco professores de Educação Física e os resultados apontaram que as atividades desenvolvidas e edificadas a cada encontro por meio do diálogo (pesquisa), possibilitaram a construção e a reconstrução coletiva de saberes sobre inclusão no Programa e para além dele (ação); sobretudo, porque os participantes conseguiram analisar, refletir e se posicionar sobre o que poderiam e deveriam fazer enquanto docentes que acreditam na inclusão, buscam saberes e viabilizam teorias e práticas inclusivas. Assim, os saberes propostos e discutidos no Programa de Formação Continuada (pesquisa) tiveram contribuições significativas para a/s ação/ações cotidiana/s dos participantes. Entretanto, esta pesquisa reforçou que a responsabilidade da aplicabilidade dos pressupostos da Educação Inclusiva não deve ser apenas dos professores de Educação Física ou dos professores de qualquer componente curricular da Educação Básica; uma vez que a ideia de inclusão está atrelada a múltiplas dimensões governamentais, físicas, curriculares e atitudinais. Nesta senda, esta pesquisa comprovou que o acesso, a permanência e as oportunidades de aprendizagem à educação escolarizada de todos os alunos, só será possível se órgãos governamentais, gestores escolares, professores, famílias, alunos e comunidade fizerem cada um sua parte, possibilitando assim, uma sociedade e uma educação de fato inclusiva para todos, independentemente das especificidades desse “todos”. 

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