Resumo

Resumo: Comparar os efeitos de um PMTO com exercícios físicos em ambiente terrestre e em ambiente aquático sobre a aptidão física e qualidade de vida relacionada saúde de adolescentes. Fizeram parte do estudo 151 adolescentes com excesso de peso e idade entre 10 e 18 anos, sendo que destes, 57 foram alocados no grupo intervenção terrestre (GIT), 28 no grupo intervenção aquática (GIA) e 66 no grupo controle (GC). Foram avaliados o peso, altura, IMC, escore Z do IMC, desenvolvimento puberal, circunferência de cintura (CC), circunferência de quadril (CQ), gordura relativa, gordura absoluta, massa magra, flexibilidade, força/resistência abdominal, aptidão cardiorrespiratória e qualidade de vida relacionada à saúde (QVRS). A intervenção teve duração de 16 semanas, contando com uma equipe multiprofissional baseada na terapia cognitivo comportamental. Foi testada a normalidade dos dados, a partir do teste de Shapiro-Wilk. Os dados foram tratados por meio da estatística descritiva e inferencial. A significância foi pré-estabelecida em 5%. No baseline não foi observada diferença entre os três grupos para todas as variáveis antropométricas e aptidão física relacionada à saúde com exceção da gordura corporal relativa. O GIT apresentou melhoras para as variáveis, IMC, escore Z do IMC e CC, com tamanho de efeito trivial. Semelhantemente, o GIA apresentou melhoras para IMC, escore Z do IMC e CQ, No GC, não foram observadas as mesmas mudanças do grupo intervenção, sendo verificado apenas aumento na massa corporal. O efeito relativo da intervenção sobre as variáveis antropométricas revelou melhoras do GIT comparados ao GC similares ao GIA em relação ao GC para as variáveis VO2max, força/resistência abdominal, flexibilidade, gordura relativa, gordura absoluta e massa magra o GC apresentou aumento na força/resistência abdominal, flexibilidade e massa magra. Para a QVRS, o GIT apresentou melhoras estatisticamente significativas para os domínios, físico, social, psicossocial e total. O GIA apresentou melhoras apenas no domínio físico. No GC, nenhum domínio apresentou mudanças ao longo das 16 semanas. O efeito relativo da intervenção sobre a QVRS acabou sendo maior para o GIT em relação ao GC comparado ao GIA em relação ao GC. Dezesseis semanas de um PMTO pode proporcionar mudanças positivas na AFRS e QVRS de adolescentes tanto em um ambiente terrestre como em um ambiente aquático, sem diferenças para AFRS e com melhores resultados sobre a QVRS para o ambiente terrestre em relação ao ambiente aquático.

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