Programa Segundo Tempo Para Pessoas com Deficiência: Mais Um Avanço no Cenário Esportivo Nacional
Por Dallila Tâmara Benfica (Autor).
Em 1º Congresso Internacional Sobre Gestão do Esporte e 4º Congresso Brasileiro Sobre Gestão do Esporte
Resumo
O programa Segundo Tempo (PST) é uma iniciativa do governo federal, desenvolvido pelo Ministério do Esporte que, após alguns anos de sua implantação e o alcance de resultados satisfatórios se expandiu criando uma nova modalidade: PST para Pessoas com Deficiência. Tem como objetivo fundamental a democratização do acesso à prática e à cultura do Esporte de forma a promover o desenvolvimento integral de crianças e jovens com algum tipo de deficiência e/ou necessidades educacionais especiais, prioritariamente em áreas de vulnerabilidade social. Considerando os inúmeros benefícios físicos, psíquicos e sociais que a prática de atividade física proporciona às pessoas com deficiência, faz-se necessária a construção e aplicação de programas esportivos, sob uma gestão eficiente que garanta seu bom funcionamento. Este trabalho busca, portanto, levantar características básicas para compor o perfil do gestor do PST para Pessoa com Deficiência. Após análise das diretrizes de todos os programas Segundo Tempo e breve revisão bibliográfica sobre gestão esportiva, foram elencadas algumas características fundamentais que os coordenadores deste novo projeto devem apresentar. O gestor ou o coordenador pedagógico deve ser capaz de planejar, organizar, acompanhar e orientar recursos tecnológicos, humanos e financeiros do programa, a fim de prevenir ou encontrar soluções para problemas de qualquer espécie. Ele deve apresentar e promover dinamismo e adequada comunicação entre membros do programa, facilitando o funcionamento do núcleo. Precisa ter conhecimento técnico, ser motivador da cooperação, da compreensão das diferenças e integração das pessoas com e sem deficiência e, sobretudo, conhecer e enxergar cada indivíduo acima de sua deficiência ou limitação. Da mesma forma, aplicar todo conhecimento necessário acerca das especificidades dos alunos assistidos pelo projeto, considerando também os contextos familiares dos quais os alunos se originam, de forma a criar estratégias que favoreçam a inserção e a permanência destes nas atividades propostas. Por fim, e não menos importante, o gestor, além de coordenar e fiscalizar as ações dos monitores, deve ter a percepção e a sensibilidade para as peculiaridades que as pessoas com deficiência apresentam. O referido programa representa um avanço no contexto esportivo nacional e, consequentemente, no processo de inclusão social. Porém seu sucesso depende diretamente da existência de gestores competentes que se encaixam no "perfil" encontrado neste trabalho. Esses coordenadores pedagógicos não podem demonstrar apenas carisma ou intuição, mas sim conhecimento, competência, profissionalismo e constante atualização profissional. Devem, portanto, fazer acontecer.