Programa de Treinamento Resistido Sem Uso de Aparelhos em Ambiente Escolar no Desenvolvimento da Força em Jovens Púberes
Por Fernando Braga (Autor), Daniel Garlipp (Autor), Adroaldo Cezar Araujo Gaya (Autor), Gustavo Marçal Gonçalves da Silva (Autor).
Em XI Congresso de Educação Física e Ciências do Desporto dos Países de Língua Portuguesa
Resumo
A participação de crianças e jovens em programas regulares de treinamento
de força se justifica pela conseqüente melhora nos índices de saúde e aptidão
física. Assim, este trabalho buscou verificar o aumento da expressão da
força, através de um treinamento resistido, sem o uso de aparelhos
específicos de treinamento de força, em ambiente escolar, em jovens
púberes. Foram avaliados um total de 63 jovens do sexo masculino, de 14
anos de idade, sendo que 33 fizeram parte do grupo experimental e 30 do
grupo controle. Todos os avaliados encontravam-se, segundo os critérios
de Tanner, no estágio maturacional 4. O programa de treinamento consistiu
de oito exercícios calistênicos e pliométricos, sem o uso de aparelhos,
realizado duas vezes por semana, no período das aulas de Educação Física.
As sessões de treinamento foram em forma de circuito com duração de no
máximo 20 minutos, durante 10 semanas. Os alunos foram avaliados em
um pré-teste e um pós-teste. Para a avaliação física foram utilizados os
testes abdominal, dinamometria de mão, salto horizontal, arremesso de
medicineball e barra modificada. Na análise descritiva foi utilizada a média
e o desvio-padrão. Na comparação intra-grupo foi utilizado o teste t pareado,
enquanto que na comparação inter-grupos foi utilizado o teste t para
amostras independentes. Para todas a análises foi utilizado o programa
estatístico SPSS for windows 10.0, e o nível de significância adotado foi de
5%. Os resultados demonstraram que na análise intra-grupo o grupo
c o n t ro l e t eve um a ume n t o s i g n i fi c at ivo d a s mé d i a s n o s t e s t e s d e
dinamometria (t(1, 12)=-3,286; p=0,007) e arremesso do medicineball (t(1,
12)=-3,301; p=0,006). Já o grupo experimental apresentou um aumento
significativo em todos os testes analisados. Na análise inter-grupos, no
pré-teste não houve diferenças significativas entre os grupos, enquanto
que no pós-teste o grupo experimental passou a apresentar médias
significativamente maiores nos testes do abdominal (t(1, 41)=5,242;
p=0,000), salto horizontal (t(1, 42)=2,545; p=0,015) e barra modificada
(t(1, 35)=2,972; p=0,005). Conclui-se que esse programa de treinamento,
sem o uso de aparelhos, e em ambiente escolar, foi eficaz para aumentar
significativamente os níveis de força jovens púberes.