Progredir a carga vs. Progredir as repetições: existe uma melhor estratégia para a resistência muscular em mulheres jovens destreinadas?
Por Bruna Costa (Autor), Witalo Kassiano (Autor), Ian Isikawa Tricoli (Autor), Maria Fernanda Ruggiero (Autor), Felipe Gomes Correa De Paula (Autor).
Em 46º Simpósio Internacional de Ciências do Esporte SIMPOCE
Resumo
A aplicação do princípio da sobrecarga progressiva no treinamento de força (TF) exerce papel fundamental nas respostas adaptativas, tal como a resistência muscular. Entretanto, ainda não está bem estabelecido se existe superioridade ou não entre as diferentes estratégias de progressão (aumentar a carga ou aumentar as repetições) sobre esta capacidade. OBJETIVO: Comparar o efeito de duas estratégias de progressão no TF sobre a resistência muscular em mulheres jovens. MÉTODOS: Trinta e duas mulheres destreinadas (22,4 ± 2,8 anos; 63,3 ± 13,6 kg; 162,4 ± 5,9 cm) foram separadas aleatoriamente em dois grupos, a saber: (1) grupo que progrediu a carga mantendo o número fixo de repetições (PROG-CAR) ou (2) grupo que progrediu o número de repetições por série, mantendo a carga fixa (PROG-REPS). O programa de TF foi composto por exercícios para os diferentes segmentos corporais (membros superiores, inferiores e tronco). Ambos os grupos realizaram duas séries em cada exercício, em uma frequência de três vezes por semana, ao longo de oito semanas. O PROG-CAR realizou 8-12 repetições máximas (RM) em cada série, ao passo que o PROG-REPS realizou o máximo de repetições por série com a carga fixa ao longo de toda a intervenção. A resistência muscular foi avaliada pelo teste de repetições máximas, com intensidade correspondente a 60% de 1 RM, nos exercícios leg press 45º (LP45º) e supino reto com barra (SRB). RESULTADOS: O desempenho dos testes de RM (60% de 1 RM), antes e após oito semanas de TF estão apresentados na tabela abaixo