Resumo

O contexto atual da sociedade global está caracterizado pela necessidade imediata de mudança de pardigmas em decorrência da relação historicamente desarmônica e consumo indiscriminado das riquezas (recursos) naturais e impactos na qualidade do ambiente planetário. Torna-se imprescindível, portanto, a busca por práticas individuais e coletivas condizentes com o paradigma de sustentabilidade. Isto é, que cause o mínimo de impacto socioambiental possível. Entre os anos de 1960 e 1996 a população urbana brasileira elevou-se de 44,7% a 78,4% (IBGE, 1996). Este crescimento acelerado gerou uma série de consequências relacionadas à qualidade da vida urbana. Um dos pontos de maior conflito nos grandes centros é o uso excessivo de veículos motorizados (automóveis, motocicletas, caminhões, ônibus, etc), resultante da grande produtividade das indústrias do setor e as facilidades comerciais para aquisição destes bens que, além de representar meios de transporte e de realização de serviços, também é tido como símbolo de poder e status social. Fato resultante deste cenário são os constantes engarrafamentos, a emissão de grandes quantidades de poluentes atmosféricos pelos canos de descarga e emissão de ruídos, disputas acirradas por espaço por parte dos condutores de veículos de naturezas distintas e estresse. A bicicleta e sua utilização em maior escala entra neste contexto como potencial ferramenta de transformação, tanto no âmbito individual como no coletivo e é considerada pela ONU como o transporte mais ecologicamente sustentável. Entendendo o ciclismo como toda atividade que envolve o uso da bicicleta, vamos compreendê-lo nas três seguintes modalidades: como meio de transporte, lazer e esporte (ROLDAN, 2000). A sua prática, mesmo quando realizada em pequenas distâncias e baixa intensidade (30 minutos diarios ou na maioria dos dias da semana), independente das variáveis do percurso, cumpre facilmente as especificações de atividade física mínima com vantagens para a saúde (OJA, 1998).

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