Proposição de um protocolo de avaliação da relação agonista e antagonista da articulação do joelho na musculação
Por Renan Rezende Rangel (Autor), Rodrigo Pereira Da Silva (Autor), Victor Zuniga Dourado (Autor), Krom Guedes (Autor), Lucca Fazan (Autor).
Em 47º Simpósio Internacional de Ciências do Esporte SIMPOCE
Resumo
A força muscular é a capacidade do músculo esquelético de produzir tensão, superando, sustentando ou cedendo à resistência, é parte integrante de qualquer programa de exercícios físicos que tenha como objetivo o rendimento esportivo, a saúde e qualidade de vida. (GUEDES JR. et. al. 2008). Cada vez mais, pode-se fazer uma relação embasada entre os níveis de força do indivíduo e seu estado de saúde metabólico, mental, muscular e articular. O treinamento de força é um método de monitoramento e pode mostrar o desequilíbrio dos músculos envolvidos nos movimentos articulares, como quadríceps e isquiotibiais, nos movimentos de extensão e flexão. Um dos métodos mais eficazes de prevenir ou combater a assimetria seria a avaliação física sistemática que pode ser feita de diversas formas, entre essas, o padrão ouro é no dinamômetro isocinético (DI). Neste instrumento é possível quantificar valores de força muscular, resistência, potência, trabalho total, torque e contrações musculares (MARÃES et. al. 2014). A relação isquiotibiais/quadríceps (I/Q) no teste de torque isocinético é uma forma de analisar o risco de lesão musculoesquelética e ligamentar (PEREIRA, et.al, 2021).
No entanto, o aparelho supracitado é de difícil acesso, sendo utilizado normalmente por acadêmicos, atletas de alta performance e clinicas especializadas. Apesar das dificuldades, devem-se apresentar soluções para a avaliação na população em geral, e correlacionar os dados de proporção I/Q encontrados neste teste, com avaliações feitas em aparelhos comuns de academia, neste caso, cadeira extensora e mesa flexora, de mais fácil acesso e praticidade. Além de custo reduzido, ocorreria a democratização desse processo de avaliação.
Objetivo: Avaliar a relação entre as razões de forças avaliadas em dinamômetro isocinéticos e em aparelhos comuns de academia.
Metodologia: Os testes foram realizados após aceite do comitê de ética e pesquisa da Universidade Metropolitana de Santos, cujo número do parecer é: 1.284.664, A amostra contém um número de 14 pessoas, com níveis de treinamento de pelo menos 1 ano.
A razão muscular foi avaliada em um dinamômetro isocinético (Biodex, Lumex Inc., Ronkonkoma, NY, EUA). A influência da gravidade foi devidamente corrigida durante todos os testes. Foram realizados testes individuais de movimentos de extensão e flexão em cada perna, e foram coletados os dados de pico de torque de extensão e de flexão de ambas as pernas de cada indivíduo.
Posteriormente foram realizados testes de uma AVM na cadeira extensora e mesa flexora de um centro de treinamento em Santos. Os indivíduos, após duas séries de aquecimento progressivo, com cargas baixas, e entre 10 e 12 movimentos, possuíam 3 tentativas para realizar uma ação voluntária máxima, isto é, realizar o movimento de extensão, e de flexão com o maior peso possível. (FLECK; KRAEMER et. al. 2006)