Resumo

A força muscular é a capacidade do músculo esquelético de produzir tensão, superando, sustentando ou cedendo à resistência, é parte integrante de qualquer programa de exercícios físicos que tenha como objetivo o rendimento esportivo, a saúde e qualidade de vida. (GUEDES JR. et. al. 2008). Cada vez mais, pode-se fazer uma relação embasada entre os níveis de força do indivíduo e seu estado de saúde metabólico, mental, muscular e articular. O treinamento de força é um método de monitoramento e pode mostrar o desequilíbrio dos músculos envolvidos nos movimentos articulares, como quadríceps e isquiotibiais, nos movimentos de extensão e flexão. Um dos métodos mais eficazes de prevenir ou combater a assimetria seria a avaliação física sistemática que pode ser feita de diversas formas, entre essas, o padrão ouro é no dinamômetro isocinético (DI). Neste instrumento é possível quantificar valores de força muscular, resistência, potência, trabalho total, torque e contrações musculares (MARÃES et. al. 2014). A relação isquiotibiais/quadríceps (I/Q) no teste de torque isocinético é uma forma de analisar o risco de lesão musculoesquelética e ligamentar (PEREIRA, et.al, 2021).

No entanto, o aparelho supracitado é de difícil acesso, sendo utilizado normalmente por acadêmicos, atletas de alta performance e clinicas especializadas. Apesar das dificuldades, devem-se apresentar soluções para a avaliação na população em geral, e correlacionar os dados de proporção I/Q encontrados neste teste, com avaliações feitas em aparelhos comuns de academia, neste caso, cadeira extensora e mesa flexora, de mais fácil acesso e praticidade. Além de custo reduzido, ocorreria a democratização desse processo de avaliação.

 

Objetivo: Avaliar a relação entre as razões de forças avaliadas em dinamômetro isocinéticos e em aparelhos comuns de academia.

 

Metodologia: Os testes foram realizados após aceite do comitê de ética e pesquisa da Universidade Metropolitana de Santos, cujo número do parecer é: 1.284.664, A amostra contém um número de 14 pessoas, com níveis de treinamento de pelo menos 1 ano.

A razão muscular foi avaliada em um dinamômetro isocinético (Biodex, Lumex Inc., Ronkonkoma, NY, EUA). A influência da gravidade foi devidamente corrigida durante todos os testes. Foram realizados testes individuais de movimentos de extensão e flexão em cada perna, e foram coletados os dados de pico de torque de extensão e de flexão de ambas as pernas de cada indivíduo.

Posteriormente foram realizados testes de uma AVM na cadeira extensora e mesa flexora de um centro de treinamento em Santos. Os indivíduos, após duas séries de aquecimento progressivo, com cargas baixas, e entre 10 e 12 movimentos, possuíam 3 tentativas para realizar uma ação voluntária máxima, isto é, realizar o movimento de extensão, e de flexão com o maior peso possível. (FLECK; KRAEMER et. al. 2006)

 

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