Resumo

A atividade física é utilizada há anos como prevenção e tratamento de doenças. Também pode ter como objetivo a recreação, a educação, o esporte e até mesmo a reabilitação. A Educação Física Adaptada visa desenvolver atividades, preocupando-se com a melhoria da qualidade de vida das pessoas com deficiência, proporcionando-lhes a busca da autonomia enquanto seres humanos dentro das possibilidades de cada um. Este trabalho, resultado de uma pesquisa de campo do tipo estudo de caso, com abordagem qualitativa, teve como objetivo principal desenvolver uma proposta de ensino de polybat para oferecer aos professores de Educação Física e pessoas interessadas, uma atividade recreativa/esportiva inclusiva para alunos com Paralisia Cerebral e ou deficiência física freqüentadores de escolas especiais ou regulares. Entendemos Paralisia Cerebral como o resultado de uma lesão encefálica irreversível, não progressiva, afetando postura e movimento, podendo estar associado aos problemas motores alterações sensoriais e cognitivas, apresentando graus de severidade e prognóstico variáveis. Desenvolvemos nosso estudo na Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) de Palmas - PR, durante o ano de 2004, contando com seis alunos participantes (todos com Paralisia Cerebral), com idades entre oito e vinte anos. Realizamos trinta e duas aulas ministradas semanalmente com 1 hora e 25 minutos de duração cada. A proposta desenvolvida encontra-se descrita passo a passo no decorrer do texto; as atividades estavam de acordo com as habilidades motoras dos alunos e os resultados obtidos através da observação sistemática e registrados no diário de campo foram: melhora do controle postural e do alcance; melhora do controle da raquete e da raquete sobre a bolinha, conseqüentemente dos fundamentos do jogo e dos ralis; melhora da força e precisão dos golpes; compreensão das regras; melhora da concentração, auto-motivação e aceitação da derrota (quando ocorre). As atividades criadas, desenvolvidas, sistematizadas, fundamentadas teoricamente e propostas neste trabalho fazem parte de uma realidade e cotidiano escolar que vale a pena ser incentivada e praticada em outras instituições (especializadas ou não), pois o polybat é uma atividade/modalidade de fácil acesso e adaptação e os alunos, professores, pessoas envolvidas e interessadas só tendem a ganhar com ela. 

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