Proposta de Ensino de Street Dance Para Surdos
Por Mônica Lira (Autor), Edson Duarte Gomes (Autor).
Em XI Congresso de Educação Física e Ciências do Desporto dos Países de Língua Portuguesa
Resumo
Introdução: Esta pesquisa teve por objetivo estruturar uma proposta de
ensino de Street Dance para surdos. Para tal foi feita uma revisão de literatura
abrangendo os seguintes tópicos: definições da surdez;educação do
surdo;características e tipos de deficiência de comprometimentos da pessoa
surda;graus de severidade auditiva; definição de dança;dança como forma
de linguagem para o surdo;história da dança;dança no Brasil;história e
c a ra c t e r í s t i c a s do S t re e t Danc e. Em nos s a me todolog i a q u a l i t at iv a
desenvolvemos aulas com cinco alunos / adolescentes surdos e três alunos
/ adolescentes ouvintes durante nove semanas somando um total de doze
aulas com Hip Hop Dance / Street Dance, estilo Free Style. Para tanto foi
utilizada uma seqüência de ensino partindo da experiência vivida pelos
alunos em seu dia a dia, acrescentando movimentos mais complexos, a
inserção da música e a montagem de uma coreografia, com os dois grupos:
o u v i n t e s e s u rd o s. Me t o d o l og i a : E s t a p e s q u i s a u t i l i zo u o mé t o d o
Qualitativo,(THOMAS & NELSON, 2002), onde foi feito um registro preciso
e detalhado do processo metodológico, assim como algumas implicações
observadas nos movimentos relacionados ao ritmo e intensidade. Aplicamos
durante as aulas, atividades adequadas para a noção de velocidade e
intensidade dos movimentos com o uso de materiais visuais e auditivos,
referente aos componentes: ritmo (forte/fraco-rápido/lento), direção,
tempo, entre outros. Material: Para a realização das atividades foram
utilizados aparelhos de som, compact disc (cd), vídeos, símbolos visuais e
uma sala de aula. Conclusão: Concluímos que a proposta apresentada é
viável para o ensino da dança (Street Dance) á adolescentes surdos e que a
integração surdo-ouvinte teve sucesso, a medida que a comunicação através
e pela dança pode ser desenvolvida no grupo constatando-se que a
linguagem universal da dança ou a linguagem corporal independe da
condição do sujeito. Em todos os momentos, a dança deve estar sempre
ligada ao prazer. Pois a essência é sentir-se bem com a dança e passar aos
que nos cercam estes sentimentos!