Resumo

Estratégias agudas para melhorar o desempenho de atletas vêm sendo investigadas, como é o caso da pré-ativação neuromuscular (PA). Apesar de diversos fatores impactarem na indução da potenciação pós-ativação causada pela PA, há uma lacuna de conhecimento sobre a influência da combinação de diferentes de exercícios como pré-ativação na corrida. Nosso objetivo foi comparar os efeitos de dois modelos de pré-ativação neuromuscular, um simples (saltos) e outro combinado (saltos + agachamento), sobre a força, a velocidade, a potência e a concentração de lactato de jogadores de futebol em corrida atada de alta intensidade e curta duração. Em adição, aplicamos aqui uma análise computacional baseada nas métricas de centralidade Grau e Eigenvector retornadas do modelo de redes complexas para comparar os efeitos desses protocolos de PA. Dezesseis atletas do sexo masculino, categoria sub 17 (16 ± 0 anos, 64,7 ± 1,5 kg, 174 ± 0 cm, 7,3 ± 0,8 de gordura corporal), foram submetidos a três sessões avaliativas, separadas por 48 horas. Nas condições experimentais, realizaram, randomicamente, dois protocolos de PA anteriormente ao teste de corrida atada máxima de 30 segundos (AO30) em esteira não motorizada. No protocolo simples (PPS), eles executaram 3 saltos verticais e, após 2 minutos, foram submetidos à corrida. A PA combinada foi composta por 2 séries de 6 repetições de agachamento (70% de 1RM), realizadas previamente aos saltos. A PPC elevou a potência, a força, a velocidade de corrida no AO30 em relação aos PPS, sem modificar a resposta lactacidêmica. A análise por modelo de redes complexas reforçou a superioridade do PPC, o qual elevou a densidade da rede e destacou como nós principais aqueles relacionados à potência e força na corrida atada. Nossos resultados sugerem o protocolo de PA combinando séries de saltos e agachamento como uma estratégia aguda para melhorar o desempenho em corrida de atletas de futebol.

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