Protótipo de raquete de beach tennis com materiais Amazônicos: a biomimética como ferramenta de inovação nas aulas de educação física

O presente artigo aborda um trabalho realizado no ano de 2022 em Manaus, capital do Amazonas, o qual discorre sobre a confecção de um protótipo de raquete de Beach Tennis similar a uma raquete oficial da modalidade usando madeiras amazônicas e tendo como base os princípios da biomimética. Assim como no tênis, no beach tennis o nosso principal instrumento de trabalho é a raquete. A raquete de beach tennis não possui cordas e o material pode ser de carbono, kevlar, fibra de vidro ou grafite. O peso pode variar em média entre 320 e 375 gramas (raquete de adulto). Pela regra oficial da ITF (Federação Internacional de Tênis), a espessura máxima de uma raquete de beach tennis é de 38 mm e variam entre 47 e 50 cm de comprimento (UOL, 2020). O objetivo dessa proposta é a popularização do esporte Beach Tennis, considerado um esporte de elite uma vez que seus implementos são de alto valor aquisitivo e inacessíveis à maioria da população, assim, uma vez alcançado o objetivo principal dessa pesquisa, será possível produzir a partir de recursos naturais abundantes e de menor valor, consequentemente ajudando a popularizar esse esporte nas classes mais baixas e incluindo em aulas regulares de educação física. Tendo em vista o elevado valor de uma raquete oficial inviabilizaria a implementação do beach tennis e a sua popularização entre as classes com menor poder aquisitivo, e nas escolas públicas periféricas, o desenvolvimento destes protótipos alternativos de raquetes atendeu com precisão as necessidades do projeto social desenvolvido pelos alunos da UEA. Este estudo configura-se como uma importante pesquisa para a inovação, realização e o desenvolvimento de atividades coletivas que envolvam jogos populares e esportivos, contextualizada num processo de formação crítica do sujeito, da família ou pessoas de referência dele e da como um todo. A nossa realidade amazônica permite que encontremos nos domínios da floresta a chave para boas práticas, e abundância em recursos naturais para estas. Quando falamos em Amazônia logo nossos pensamentos remetem ideias voltadas à sustentabilidade, educação ambiental, identidade cultural, preservação da floresta etc. (SANTOS et al., 2021). Com base neste estudo, retornamos à importância de abordar temas voltados ao meio ambiente, sustentabilidade e bioma amazônico, atrelados ao dever de promoção de saúde e lazer para todas as classes sociais utilizando de ferramentas acessíveis e alternativas produzidas com materiais oferecidos pela floresta amazônica.

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