Proximidade a Espaços Públicos Abertos e Atividade Física de Adultos
Por Rafael Luciano de Mello (Autor), Adalberto Aparecido dos Santos Lopes (Autor), Ciro Romelio Rodriguez Añez (Autor), Letícia Pechnicki dos Santos (Autor), Alice Tatiane da Silva (Autor), Rogério César Fermino (Autor).
Em 43º Simpósio Internacional de Ciências do Esporte SIMPOCE
Resumo
INTRODUÇÃO: Espaços públicos abertos (EPA) são importantes estruturas do ambiente urbano que podem facilitar a prática de atividades físicas na comunidade. No entanto, são escassas as evidências de estudos realizados em cidades de médio porte. OBJETIVO: Testar a associação entre a proximidade da residência até os EPA com a atividade física e a utilização destes locais por adultos. MÉTODOS: Estudo observacional, transversal, conduzido no ano de 2019 com amostra representativa de 604 adultos atendidos em 15 Unidades Básicas de Saúde de São José dos Pinhais-PR. A proximidade até os EPA foi estimada com o Sistema de Informação Geográfica considerando a rede de ruas e categorizada em tercis (1o tercil: < 1.156 metros; 2o tercil: 1.156-2.161 metros; 3o tercil: ≥ 2.162 metros). A atividade física (AF) habitual foi avaliada com o módulo de lazer da versão longa do International Physical Activity Questionnaire; e utilizado o ponto de corte ≥150 minutos por semana de caminhada, AF de moderada à vigorosa intensidade (AFMV) e AF total para considerar os participantes como fisicamente ativos. A utilização dos EPA, nos últimos 12 meses, foi avaliada com resposta dicotômica. A associação entre as variáveis foi analisada com a regressão de Poisson multivariável (p<0,05). RESULTADOS: A proximidade a EPA não foi associada a nenhum dos desfechos de AF, mas apresentou associação inversa significante com a utilização dos locais (2o tercil = RP: 0,56; IC95%: 0,36-0,85 | 3o tercil = RP: 0,45; IC95%: 0,28-0,72). CONCLUSÃO: A proximidade a EPA não está associada a AF no lazer, mas a proximidade pode afetar positivamente a utilização destes locais.