Publicar em revistas científicas impressas está ficando obsoleto
Por Tibor Rabóczkay (Autor).
Resumo
s comentários e as propostas a seguir se baseiam em vivência pessoal, portanto, um curto relato prévio se faz necessário.
Minhas primeiras publicações remontam aos tempos de iniciação científica, como bolsista da Fapesp. Tínhamos que buscar nosso pagamento na relativamente modesta sede da fundação – numa esquina da Avenida Paulista –, e recebíamos das mãos de uma simpática funcionária que, visivelmente, compartilhava da nossa alegria. As pesquisas resultaram na coautoria de dois artigos publicados na revista Tecnologia de Alimentos & Bebidas, de efêmera duração, como muitas outras iniciativas brasileiras do gênero. O idioma dos artigos foi o português mesmo, pois nós, o bolsista e o orientador, tínhamos em mente o interessado brasileiro. Além disso, vigia a convicção de que um eventual interessado estrangeiro providenciaria a tradução para seu idioma. Já na carreira acadêmica, eu próprio fui algumas vezes solicitado por colegas para traduzir artigos do pouco acessível idioma húngaro, eventos que confirmam a hipótese.
Entre as publicações da Cátedra de Físico-Química e Eletroquímica da Escola Politécnica, predominava a forma de teses. Com a mudança para as novas instalações no Conjunto das Químicas, entrei em contato com os oriundos de outras institutos e outras “filosofias” de trabalho. Enquanto integrantes da cátedra, montávamos as condições para o reinício e a ampliação da pesquisa científica sistemática, comecei a me interessar pelas revistas.