Qual o Papel do Professor-colaborador no Contexto do Estágio Curricular Supervisionado na Educação Física?
Por Larissa Cerignoni Benites (Autor), Samuel de Souza Neto (Autor), Cecília Borges (Autor), Marina Cyrino (Autor).
Em Revista Brasileira de Ciência & Movimento v. 20, n 4, 2012. Da página 13 a 25
Resumo
O estudo se reporta ao Estágio Curricular Supervisionado e ao papel dos professores-colaboradores (PC), professor da escola de educação básica que recebe estagiários em condição oficial de estágio curricular supervisionado, tendo como objetivos (a) apresentar qual o papel do professor-colaborador na legislação brasileira, (b) qual o perfil que o mesmo deve ter e (c) como o PC se vê no processo de estágio. A pesquisa qualitativa teve como participantes cinco professores-colaboradores e utilizou como técnicas observação, fonte documental e entrevista semiestruturada. Encontrou-se que na legislação uma lacuna sobre a concepção e o papel do PC. O perfil referendado pelos participantes é de alguém que pauta sua supervisão na experiência adquirida no exercício docente. Os dados desta pesquisa se direcionam para uma esfera que podemos chamá-la de sócio-afetiva, pois os professores, de maneira geral, são “cúmplices” dos estagiários. O PC se vê como alguém importante no processo de estágio dá aos futuros professores elementos da sua experiência, possibilita que os mesmos descubram os macetes da profissão e oferece condições e espaço para os licenciandos colocarem em prática seus conhecimentos didático-pedagógicos. São abertos ao diálogo e vão passando gradualmente a autonomia das aulas para os estagiários. Concluiu-se que este professor ocupa um lugar privilegiado durante o momento do estágio, mas, na grande maioria das vezes tem o perfil de alguém que foi formado para ensinar alunos e não apresenta características para ser um formador de professores. Existe a necessidade de se pensar na formação, nas práticas e nos saberes dos professores-colaboradores. Sair da lógica de ensinar e se aventurar na lógica do formar.