Qualidade de Vida Capacidade Funcional de Idosos Fisicamente Ativos: Possíveis Relações
Por Daniel Vicentini de Oliveira (Autor), Priscila Martins Peres (Autor), Caio Rosas Moreira (Autor), Daniel Aguiar Pereira (Autor), Nathaly Assis Silva (Autor), Sherdson Emanuel Silva (Autor), José Roberto Andrade do Nascimento Júnior (Autor).
Resumo
investigar a relação entre a qualidade de vida (QV) e a capacidade funcional de idosos fisicamente ativos. Materiais e Métodos: Estudo transversal realizado com 73 idosos de ambos os sexos. Foi utilizado o Questionário Internacional de Atividade Física (IPAQ), o WHOQOL-Bref e Old, Escala de Katz e Escala de Lawton. Para análise dos dados foram utilizados os testes de Kolmogorov-Smirnov, "U" de Mann-Whitney e a correlação de Spearman. Resultados: Os idosos irregularmente ativos percebem melhor QV em relação aos aspectos psicológicos (p=0,074) e à intimidade (p=0,017) em detrimento aos idosos muito ativos/ativos. Verificou-se correlação das atividades básicas de vida diária com os domínios físico (r=0,32), psicológico (r=0,35) da QV, e as facetas de funcionamentos dos sentidos (r=0,34) e participação pessoal (r=0,35). Já as atividades instrumentais de vida diária apresentaram correlação significativa com os domínios físico (r=0,45), psicológico (r=0,52), relações sociais (r=0,34) e auto avaliação (r=0,49) da QV, e as facetas de autonomia (r=0,33), participação pessoal (r=0,46) e morte e morrer (r=0,46). Conclusão: Conclui-se que o há relação entre o aumento da capacidade funcional e o aumento da percepção de qualidade de vida em idosos fisicamente ativos.
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