Resumo

O desporto adaptado tem sido recomendado por induzir benefícios na saúde, funcionalidade, bem-estar e assim na qualidade de vida dos seus praticantes. Todavia, são ainda escassos os estudos que se debrucem sobre esta problemática em algumas modalidades, como por exemplo o andebol em cadeira de rodas. Assim, o objetivo deste estudo foi caracterizar a qualidade de vida de praticantes de andebol em cadeira de rodas. A qualidade de vida de 11 indivíduos (7 homens e 4 mulheres; idade = 39,27 ± 10,24 anos) praticantes bissemanais de andebol, com deficiência física (membros inferiores e superiores, paraplegia, tetraplegia) e usuários de cadeira de rodas, foi avaliada através do Instrumento de Avaliação de Qualidade de Vida – versão curta (escala 0-100). Os valores foram de 80,52 ± 11,33 no domínio físico, 78,41 ± 11,76 no domínio psicológico, 79,55 ± 14,12 no domínio das relações sociais e 71,31 ± 12,87 no domínio ambiente, valores similares a estudos com grupos de pessoas saudáveis e sem deficiência. Este estudo permitiu verificar valores médios positivos (> 70% do escore final) em todos os domínios analisados, corroborando com a indicação de que a prática desportiva pode influenciar positivamente na qualidade de vida de pessoas com deficiência.

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