Qualidade de Vida dos Profissionais de Educação Física da Rede Municipal de Educação Pública de Cuiabá Segundo o Questionário Sf-36
Por Marcela Bomfim Martin Lopes (Autor), Carla Izabela Bonzanini (Autor), Thiago Neves (Autor), Milene Giovana Crespilho Souza (Autor), Juari José Regis (Autor).
Em 40º Simpósio Internacional de Ciências do Esporte SIMPOCE
Resumo
Introdução: O profissional de educação física (PEF) exerce diversas ações voltadas à sociedade dentre elas educação e saúde, em vários locais como escolas, academias, clínicas dentre outros, com o intuito de contribuir para a qualidade de vida (QV) das pessoas. Neste sentido foi levantada a questão: Como é a QV do profissional de educação física de Cuiabá-MT? Objetivo: Buscamos através deste trabalho compreender a QV dos professores de educação física da rede pública do município de Cuiabá-MT. Materiais e Métodos: Para quantificar a amostra foi verificado juntamente a Secretária Municipal de Educação de Cuiabá-MT o número de 318 PEF ativos em diversas regiões da capital, optamos pelo critério de porcentagem amostral atingindo 10% da amostra onde se obtém uma margem de erro de 10% para mais ou para menos das informações apresentadas perfazendo uma amostra de 41 entrevistados. Foi aplicado um questionário socioeconômico e a Versão Brasileira do Questionário de Qualidade de Vida SF-36 com base em oito pilares que avaliam a QV. Os dados numéricos foram analisados através da estatística descritiva de média e desvio padrão, mínimo e máximo. Resultados: Dos 41 PEF que constituíram a amostra, 22 (53,7%) eram do sexo feminino e 19 (46,3%) do sexo masculino, com média de idade de 32,6 ± 6,61 anos, tinham um peso médio de 73,5 ± 12,5 quilogramas e estatura de 1,68 ± 6,9 metros, com índice de massa corporal médio de 25,9 ± 3,1 kg/m². Em relação ao estado civil, 20 (48,8%) solteiros, a maioria, seguidos de 16 (39,0%) casados, 3 (7,3%) divorciados e 2 (4,9%) viúvos. De modo geral, pode-se observar que o valor inferior a 70 pontos foi encontrado no escore total do SF36, e que a QV não pode ser avaliada de maneira positiva para a categoria de professores estudada. O domínio que apresentou menor escore foi vitalidade (52,93 ± 21,97) e os com maiores escores foram capacidade funcional (80,61 ± 15,90), aspectos físicos (65,85 ± 39,83) e dor (65,68 ± 19,77). Na Tabela 1 ainda estão descritos os valores mínimos, os valores máximos e os desvios-padrão para cada domínio.
Conclusão: De forma geral foi observado que a QV dos professores não está adequada, todos os domínios investigados pelo SF-36 encontram-se prejudicados, destacando- se a vitalidade e aspectos emocionais as quais apresentaram menor escore. Fica clara a necessidade de realização de intervenções com tal população, tanto em nível de políticas públicas que visem o desenvolvimento de um trabalho docente adequado como também de promoção da QV destes profissionais, minimizando problemas de saúde física e mental o que irá contribuir para um melhor desempenho em ensinar.