Qualidade de vida e nível de atividade física em professores da rede pública da cidade de Ubá - Minas Gerais
Por Renata Aparecida Rodrigues de Oliveira (Autor), Luciano Bernardes Leite (Autor), Denise Coutinho de Miranda (Autor), Victor Neiva Lavorato (Autor), Lucas Nunes Osório da Silva (Autor).
Resumo
Hoje em dia a carga horária de trabalho dos professores exige muito de sua qualidade de vida e condição física, para exercer as tarefas do dia a dia em sua docência, podendo gerar desgastes à sua saúde. Pois, a mesma envolve aspectos físicos e psicológicos durante a realização sua jornada de trabalho, o qual pode impactar na sua qualidade de vida.
OBJETIVO: Associar o nível de atividade física e a qualidade de vida dos docentes da rede pública de ensino da cidade de Ubá-MG.
MÉTODOS: Foi realizado um estudo análitico de corte transversal, com 56 professores. A coleta de dados ocorreu em 3 escolas da rede pública, com professores de 25 a 55 anos e experiência mínima de 2 anos. Foram utilizados dois instrumentos, o Questionário Internacional de Atividade Física - Versão Curta (IPAQ) e o Questionário World Health Organization Quality of Life/brief (WHOQOL/breve).
RESULTADOS: Os participantes foram compostos por mulheres (91,1%) e homens (8,9%), com idade média de 39,57±8,19 anos. Dos professores avaliados, 76,8% foram classificados como Ativos (Muito Ativo e Ativo) e 23,2% como Inativos (Irregularmente Ativo e Sedentário), sendo que indivíduos considerados ativos (70,52±8,88) tiveram uma melhor qualidade de vida, em comparação aos inativos (61,78±10,95). Além disso, o grupo ativo apresentou qualidade de vida estatisticamente superior nos domínios psicológico e meio ambiente.
CONCLUSÃO: Os docentes com maior nível de atividade física apresentam melhor qualidade de vida que os inativos.
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