Resumo

Hoje em dia a carga horária de trabalho dos professores exige muito de sua qualidade de vida e condição física, para exercer as tarefas do dia a dia em sua docência, podendo gerar desgastes à sua saúde. Pois, a mesma envolve aspectos físicos e psicológicos durante a realização sua jornada de trabalho, o qual pode impactar na sua qualidade de vida.
OBJETIVO: Associar o nível de atividade física e a qualidade de vida dos docentes da rede pública de ensino da cidade de Ubá-MG.
MÉTODOS: Foi realizado um estudo análitico de corte transversal, com 56 professores. A coleta de dados ocorreu em 3 escolas da rede pública, com professores de 25 a 55 anos e experiência mínima de 2 anos. Foram utilizados dois instrumentos, o Questionário Internacional de Atividade Física - Versão Curta (IPAQ) e o Questionário World Health Organization Quality of Life/brief (WHOQOL/breve).
RESULTADOS: Os participantes foram compostos por mulheres (91,1%) e homens (8,9%), com idade média de 39,57±8,19 anos. Dos professores avaliados, 76,8% foram classificados como Ativos (Muito Ativo e Ativo) e 23,2% como Inativos (Irregularmente Ativo e Sedentário), sendo que indivíduos considerados ativos (70,52±8,88) tiveram uma melhor qualidade de vida, em comparação aos inativos (61,78±10,95). Além disso, o grupo ativo apresentou qualidade de vida estatisticamente superior nos domínios psicológico e meio ambiente.
CONCLUSÃO: Os docentes com maior nível de atividade física apresentam melhor qualidade de vida que os inativos.

REFERÊNCIAS

ALVARENGA, R.; MARTINS, G. C.; DIPE, E. L.; CAMPOS, M. V. A.; PASSOS, R. P.; LIMA, B. N.; ... ; FILENI, C. H. P. Percepção da qualidade de vida de professores das redes públicas e privadas frente à pandemia do covid-19. Revista CPAQV, v. 12, n. 3, p. 5-6, 2020. DOI: https://doi.org/10.36692/cpaqv-v12n3-1

ANÍBAL, C.; ROMANO, L. H. Relações entre atividade física e depressão. Revista Saúde em Foco, n. 9, p. 190-9, 2017. URL: https://portal.unisepe.com.br/unifia/wpontent/uploads/sites/10001/2018/06/021_artigo_cintia.pdf

BAIÃO, B. P.; OLIVEIRA, R. A. R.; OLIVEIRA, P. V. S. R.; MARINS, J. C. B. Nível de atividade física em trabalhadores das fábricas de Ubá - MG. Saúde, v. 46, n. 2, e48179, 2020. DOI: http://dx.doi.org/10.5902/2236583448179

BAIÃO, L. P. M.; CUNHA, R. G. Doenças e/ou disfunções ocupacionais no meio docente: uma revisão de literatura. Revista Formação Docente, v. 5, n. 1, p. 2-12, 2013. DOI: https://doi.org/10.15601/344

BARROS MOURA, C. R.; SANTOS ALVES, W.; MACÊDO, J. L. C.; SILVA, A. M.; MOTA, P. S.; RIEDEL, T. L.; ARAÚJO CARDOSO, L. K. A melhora da qualidade de vida e os benefícios da atividade física em idosos: uma revisão sistemática. Brazilian Journal of Health Review, v. 3, n. 4, p. 10381-93, 2020. DOI: https://doi.org/10.34119/bjhrv3n4-258

BATISTA, J. B. V.; CARLOTTO, M. S.; OLIVEIRA, M. N.; ZACCARA, A. A. L.; BARROS, E. O.; DUARTE, M. C. S. Transtornos mentais em professores universitários: estudo em um serviço de perícia médica. Revista de Pesquisa Cuidado é Fundamental Online, v. 8, n. 2, p. 4538-48, 2016. DOI: https://doi.org/10.9789/2175-5361.2016.v8i2.4538-4548

BIELEMANN, R. M.; SILVA, B. G. C.; C0LL, C. V. N.; XAVIER, M. O.; SILVA, S. G. Impacto da inatividade física e custos de hospitalização por doenças crônicas. Revista Saúde Pública, v. 49, n. 75, p. 2-7, 2015. DOI: https://doi.org/10.1590/S0034-8910.2015049005650

BRASIL. Ministério da Saúde. Vigitel Brasil 2021: Vigilância de fatores de risco e proteção para doenças crônicas por inquérito telefônico. 2022. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/centrais-de-conteudo/publicacoes/svsa/vigitel/vigitel-brasil-2021-estimativas-sobre-frequencia-e-distribuicao-sociodemografica-de-fatores-de-risco-e-protecao-para-doencas-cronicas/@@download/file Acesso em: 03/10/2022.

BRASIL. Ministério da Saúde. Saúde mental: O que é, doenças, tratamentos e direitos. Brasília, 2018. Disponível em: http://portalms.saude.gov.br/saude-de-a-z/saude-mental Acesso em: 03/10/2022.

CARVALHO, A. J. F. P.; ALEXANDRE, N. M. C. Sintomas osteomusculares em professores do ensino fundamental. Revista Brasileira de Fisioterapia, v. 10, n. 1, p. 35-41, 2006. DOI: https://doi.org/10.1590/S1413-35552006000100005

CEBALLOS, A. G. C.; CARVALHO, F. M.; ARAUJO, T. M.; REIS, E. J. F. B. Avaliação perceptivo auditiva e fatores associados a alteração vocal em professores. Revista Brasileira de Epidemiologia, v. 14, n. 2, p. 285-95, 2011. DOI: https://doi.org/10.1590/S1415-790X2011000200010

DONNELLY, J. E.; BLAIR, S. N.; JAKICIC, J. M.; MANORE, M. M.; RANKIN J. W.; SMITH, B. K. Exercise, and physical activity for older adults. Medicine & Science in Sports & Exercise, v. 41, n. 2, p. 459-71, 2009. DOI: https://doi.org/10.1249/mss.0b013e3181949333

DUMITH, S. C. Atividade física e qualidade de vida de professores universitários. Cadernos de Saúde Coletiva, v. 28, n. 3, p. 438-46, 2020. DOI: https://doi.org/10.1590/1414-462X202028030593

FLECK, M. P. A.; LOUZADAS, S.; XAVIER, M.; CHACHAMOVICH, E.; VIEIRA, G.; SANTOS, L.; PINZON, V. Aplicação da versão em português do instrumento abreviado de avaliação da qualidade de vida “WHOQOL-bref”. Revista de Saúde Pública, v. 34, n. 2, p. 178-83, 2000. DOI: https://doi.org/10.1590/S0034-89102000000200012

GILL, T. M.; FEINSTEIN, A. R. A critical appraisal of the quality of quality-of-life measurements. Journal of the American Medical Association, v. 272, n. 8, p. 619-26, 1994. DOI: https://doi.org/10.1001/jama.1994.03520080061045

GIMENES, G. F. Usos e significados da qualidade de vida nos discursos contemporâneos de saúde. Trabalho, Educação e Saúde, v. 11, n. 2, p. 291-318, 2013. DOI: https://doi.org/10.1590/S1981-77462013000200003

GREGORIO, J. D.; MOTA JUNIOR, R. J.; LAVORATO, V. N.; PEREIRA, A. A. S. Nível de atividade física e qualidade de vida de adultos em regime de trabalho presencial e home office durante a pandemia do sars-cov-2. Revista Científica Unifagoc, v. 5, n. 2, p. 99-102, 2021. URL: https://revista.unifagoc.edu.br/index.php/multidisciplinar/article/view/776

JARDIM, R.; BARRETO, S. M.; ASSUNÇÃO, A. A. Condições de trabalho, qualidade de vida e disfonia entre docentes. Caderno Saúde Pública, v. 23, n. 10, p. 2439-61, 2007. DOI: https://doi.org/10.1590/S0102-311X2007001000019

MACHADO, L. C.; LIMONGI, J. E. Prevalência e fatores relacionados a transtornos mentais comuns entre professores da rede municipal de ensino, Uberlândia, Minas Gerais, Brasil. Revista Brasileira de Medicina do Trabalho, v. 17, n. 3, p. 325-34, 2019. DOI: https://10.5327/Z1679443520190424

MARTINS, E. S.; PEREIRA, A. L. S.; OLIVEIRA, E. L. S.; ASSIS, I. S.; SANTOS, R. S. Comparação entre comportamento depressivo e a aptidão física em participantes de um programa de atividades desportivas coletivas. Revista Brasileira do Esporte Coletivo, v. 2, n. 1, p. 25-8, 2018. DOI: https://doi.org/10.51359/2527-0885.2018.236452

MATSUDO, S.; ARAÚJO, T.; MATSUDO, V.; ANDRADE, D.; ANDRADE, E.; OLIVEIRA, L. C.; BRAGGION, G. Questionário internacional de atividade física (IPAQ): estudo de validade e reprodutibilidade no Brasil. Revista Brasileira de Atividade Física e Saúde, v. 6, n. 2, p. 5-18, 2001. DOI: https://doi.org/10.12820/rbafs.v.6n2p5-18

MOREIRA, J. T.; FOSCHIERA, D. B. Associação entre nível de atividade física e autoestima de servidores públicos durante a pandemia da Covid-19. Caderno de Educação Física e Esporte, v. 20, e-28213, 2022. DOI: https://doi.org/10.36453/cefe.2022.28213

MOTA JUNIOR, R. J.; TAVARES, D. D. F.; GOMES, A. K. V.; OLIVEIRA, R. A. R.; MARINS, J. C. B. Nível de atividade física em professores do ensino básico avaliado por dois instrumentos. Journal of Physical Education, v. 28, n. 2833, p. 7-9, 2017. DOI: https://10.4025/jphyseduc.v28i1.2833

NAHAS, M. V. Presteza física, saúde e qualidade de vida: conceitos e sugestões para um estilo de vida ativo. 7. ed. Florianópolis: Editora do Autor, 2017.

OLIVEIRA FILHO, I. O.; OLIVEIRA NETO, E. R.; OLIVEIRA, A. A. B. Qualidade de vida e fatores de risco de professores universitários. Revista da Educação Física, v. 23, n. 1, p. 57-67, 2012. DOI: http://dx.doi.org/10.4025/reveducfis.v23i1.10468

OPAS. Organização Pan-Americana de Saúde. Folha informativa - Transtornos mentais. 2018. Disponível em: https://www.paho.org/pt/topicos/transtornos-mentais Acesso em: 02/10/2022.

PENTEADO, R. Z.; SOUSA NETO, S. Mal-estar, sofrimento e adoecimento do professor: de narrativas do trabalho e da cultura docente à docência como profissão. Saúde e Sociedade, v. 28, n. 1, p. 135-53, 2019. DOI: https://doi.org/10.1590/S0104-12902019180304

PEREIRA, E. F.; TEIXEIRA, C. S.; SANTOS, A. Qualidade de vida: abordagens, conceitos e avaliações. Revista Brasileira de Educação Física e Esporte, v. 26, n. 2, 2012. DOI: https://doi.org/10.1590/S1807-55092012000200007

PEREIRA, G. P.; SILVA, C. M. G. D. Practice of physical activity and quality of life at work of professors: bibliographic review. Brazilian Journal of Development, v. 6, n. 10, p. 74997-75013, 2020. DOI: https://doi.org/10.34117/bjdv6n10-067

PIOVEZAN, P. R.; RI, N. M. D. Flexibilização e intensificação do trabalho docente no Brasil e em Portugal. Educação & Realidade, v. 44, n. 2, 2019. DOI: https://doi.org/10.1590/2175-623681355

ROCHA, V. M.; FERNANDES, M. H. Qualidade de vida de professores do ensino fundamental: uma perspectiva para a promoção da saúde do trabalhador. Jornal Brasileiro de Psiquiatria, v. 57, n. 1, p. 23-27, 2008. DOI: https://doi.org/10.1590/S0047-20852008000100005

SANTOS, G. B. V.; ALVES, M. C. G. P.; GOLDBAUM, M.; CESAR, C. L. G.; GIANINI, R. J. Prevalência de transtornos mentais comuns e fatores associados em moradores da área urbana de São Paulo, Brasil. Cadernos de Saúde Pública, v. 35, n. 11, p. 2-8, 2019. DOI: https://doi.org/10.1590/0102-311X00236318

SANTOS, G. M. R. F.; SILVA, M. E.; BELMONTE, B. R. COVID-19: ensino remoto emergencial e saúde mental de docentes universitários. Revista Brasileira de Saúde Materno Infantil, v. 21, n. 1, p. 245-51, 2021. DOI: https://doi.org/10.1590/1806-9304202100S100013

SILVA, R. A.; OLIVEIRA, A. D. S.; CANDIDO, A. C. S. A.; AZEVEDO, F. I. S.; AMORIN, F. C. M.; PITANGA, M. C. Production of knowledge about homophobia in the school environment. Revista de Enfermagem da UFPI, v. 5, n. 3, p. 60, 2016. DOI: https://doi.org/10.26694/reufpi.v5i3.5490

SOUZA, A. S.; CARREIRO, D. L.; COUTINHO, L. T. M.; BRITO, J. M. P.; COSTA, N. S.; COUTINHO, W. L. M. Fatores associados à qualidade de vida no trabalho entre professores do ensino superior. Arquivos de Ciências da Saúde, v. 22, n. 4, p. 46-51, 2015. DOI: http://dx.doi.org/10.17696/2318-3691.22.4.2015.99

TEIXEIRA, C. M. S.; PINHEIRO, J. M. O adoecimento dos professores do ensino fundamental da rede de ensino municipal de um município da região do Alto Uruguai. Brazilian Journal of Development, v. 7, n. 8, p. 85814-25, 2021. DOI: https://10.34117/bjdv7n8-677

THUMS, I. A.; ANTUNES, F. R. O método hiit e seus benefícios para a qualidade de vida no século XXI. Revista da Saúde da AJES, v. 5, n. 9, p. 68, 2019. URL: https://revista.ajes.edu.br/index.php/sajes/article/view/306

TOSTES, M. V.; ALBUQUERQUE, G. S. C.; SILVA, M. J. S.; PETTERLE, R. R. Sofrimento mental de professores do ensino público. Saúde em Debate, v. 42, n. 116, p. 87-98, 2018. DOI: https://doi.org/10.1590/0103-1104201811607

VIEGAS, M. F. Trabalhando todo o tempo: sobrecarga e intensificação no trabalho de professoras da educação básica. Educação e Pesquisa, v. 48, e244193, 2022. DOI: https://doi.org/10.1590/S1678-4634202248244193

VILELA JUNIOR, G. B.; ABDALLA, P. P.; PEREIRA, A. A.; CARVALHO, A. F.; MARTELLI, A.; LIMA, B. N.; ... ; CARVALHO, A. S. Exercício físico voltado para a qualidade de vida com ênfase em envelhecimento. Revista CPAQV, v. 14, n. 1, p. 2-7, 2022. DOI: https://doi.org/10.36692/v14n1-03R

WHO. World Health Organization. WHO Guidelines on physical activity and sedentary behavior. Geneva: WHO, 2020. Disponível em: https://apps.who.int/iris/bitstream/handle/10665/336657/9789240015111-eng.pdf Acesso em: 03/10/2022.

Acessar