Qualidade de Vida em Idosos Portadores de Diabetes Mellitus Tipo 2 Atendidos em Unidades Básicas de Saúde de Montes Claros/mg
Por Carina Oliveira Freire Matias (Autor), Camila Oliveira Freire Matias (Autor), Brendow Ribeiro Alencar (Autor).
Em Revista Brasileira de Qualidade de Vida v. 8, n 2, 2016. Da página 1 a 11
Resumo
OBJETIVO: Avaliar o impacto do tempo de diagnóstico do Diabetes Mellitus Tipo 2 (DM2) sobre a qualidade de vida de idosos atendidos em Unidades Básicas de Saúde de Montes Claros/MG. MÉTODOS: Trata-se de estudo exploratório e descritivo com abordagem quantitativa e transversal. Foram entrevistados 201 idosos de 60 anos ou mais, portadores de DM2, utilizando um questionário que avalia aspectos socioeconômicos e relacionados ao DM2, formulado pelos pesquisadores e, o questionário SF-36, para avaliação da qualidade de vida. Foram agrupados os dados e os entrevistados divididos em dois grupos, conforme o tempo de diagnóstico do DM2 (menos de dez anos e mais de dez anos). As pontuações do questionário SF-36 foram convertidas em escores em oito domínios que foram comparados entre os grupos utilizando técnicas da estatística descritiva (cálculo da média e do desviopadrão) e teste T Student para amostras independentes. RESULTADOS: A maioria dos entrevistados é do sexo feminino (57,70%), dentro da faixa etária de 60 a 69 anos (53,20%), casados (48,80%), com ensino fundamental incompleto (29,90%) e renda entre 1 e 4 salários mínimos (62,20%). O tempo de diabetes foi menor que 10 anos entre a maioria dos entrevistados (57,20%) e quando relacionado com a qualidade de vida, o grupo com mais de 10 anos de DM2 apresentou piores escores em todos os domínios do SF-36. Apenas o domínio Saúde mental não apresentou diferença estatisticamente significativa (p=0,243) entre os grupos. Os domínios Dor, Limitação por aspectos físicos e Capacidade funcional foram os mais afetados. CONCLUSÕES: Um tempo de diabetes maior que 10 anos demonstrou influenciar negativamente a qualidade de vida de idosos. O aumento da intensidade da dor e maior limitação física e emocional dos idosos podem ser considerados os fatores de maior influência na redução da qualidade de vida