Qualidade de Vida em Mulheres Praticantes de Dança no Pós -tratamento do Câncer de Mama
Por Tharciano Luiz Teixeira Braga da Silva (Autor), Marcelo Mendonça Mota (Autor), Rosa Luciana Prado (Autor), Aline Menezes Santos (Autor), Verônica Damascena Santana (Autor), Jadissan Góis da Silva (Autor).
Em 43º Simpósio Internacional de Ciências do Esporte SIMPOCE
Resumo
INTRODUÇÃO: ci diagnóstico do câncer de mama e o tratamento químico impactam substancialmente nos aspectos psíquicos da mulher. São cornuns alterações na autoimagem, isolamento social, transtornos de ansiedade-depressão levando os sujeitos a reduções significativas em sua capacidade funcional e percepções negativas acerca da qualidade de vida. OBJETIVO: Analisar a qualidade de vida de mulheres praticantes de dança no pós-tratamento do câncer de mama. MÉTODO: A pesquisa foi caracterizada enquanto descritiva com delineamento transversal. A amostra foi composta por 17 mulheres (40-70 anos), assistidas pela Associação de Apoio ao Adulto com Câncer do Estado de Sergipe (AAACASE). Todos os sujeitos eram praticantes de dança em período pás tratamento do câncer de mama. A amostragem foi feita por conveniência sendo excluídas aquelas que não assinaram termo de consentimento, Para avaliar a Qualidade de vida foi utilizado o questionário multidimensional SF-36 (Short-Form Health Survey), A avaliação foi feita mediante a atribuição de escores para cada questão, os quais foram transformados numa escala de O a 100, onde O correspondeu a urna pior qualidade de vida e 100 a uma melhor qualidade de vida. A análise do grupo foi feita por meio de média e desvio padrão. O estudo foi aprovado no Comitê de Ética em Pesquisa (CAAE: 01179118.7.0000.8079). RESULTADOS: Os resultados do questionário demonstram impactos benéficos nos aspectos sociais (84,71 ± 20,4), na saúde mental (74,12 ± 17,01) e domínio da vitalidade (65,29±18,49) das mulheres praticantes de dança no pás-tratamento do câncer de mama. Em contrapartida foram detectadas menores escores para domínios da limitação física (35,29 ± 26,6), limitação dos aspectos emocionais (31,29 ± 33,29) bem corno no estado geral de saúde (39,18 ± 15,0), Quanto á distribuição da classificação dos domínios da qualidade de vida, constatou-se que os aspectos sociais são classificados de forma excelente (n= 11/ 54.7%) enquanto o domínio da limitação física é classificado como muito ruim (n= 10/ 55,9%). CONCLUSÃO: O presente estudo demonstra que não houve melhora nos componentes físicos, mesmo com a prática regular da dança. Por outro lado, o estudo apontou aspectos positivos nas dimensões psicossociais na qualidade de vida no pós-tratamento do câncer de mama.