Resumo

INTRODUÇÃO: ci diagnóstico do câncer de mama e o tratamento químico impactam substancialmente nos aspectos psíquicos da mulher. São cornuns alterações na autoimagem, isolamento social, transtornos de ansiedade-depressão levando os sujeitos a reduções significativas em sua capacidade funcional e percepções negativas acerca da qualidade de vida. OBJETIVO: Analisar a qualidade de vida de mulheres praticantes de dança no pós-tratamento do câncer de mama. MÉTODO: A pesquisa foi caracterizada enquanto descritiva com delineamento transversal. A amostra foi composta por 17 mulheres (40-70 anos), assistidas pela Associação de Apoio ao Adulto com Câncer do Estado de Sergipe (AAACASE). Todos os sujeitos eram praticantes de dança em período pás tratamento do câncer de mama. A amostragem foi feita por conveniência sendo excluídas aquelas que não assinaram termo de consentimento, Para avaliar a Qualidade de vida foi utilizado o questionário multidimensional SF-36 (Short-Form Health Survey), A avaliação foi feita mediante a atribuição de escores para cada questão, os quais foram transformados numa escala de O a 100, onde O correspondeu a urna pior qualidade de vida e 100 a uma melhor qualidade de vida. A análise do grupo foi feita por meio de média e desvio padrão. O estudo foi aprovado no Comitê de Ética em Pesquisa (CAAE: 01179118.7.0000.8079). RESULTADOS: Os resultados do questionário demonstram impactos benéficos nos aspectos sociais (84,71 ± 20,4), na saúde mental (74,12 ± 17,01) e domínio da vitalidade (65,29±18,49) das mulheres praticantes de dança no pás-tratamento do câncer de mama. Em contrapartida foram detectadas menores escores para domínios da limitação física (35,29 ± 26,6), limitação dos aspectos emocionais (31,29 ± 33,29) bem corno no estado geral de saúde (39,18 ± 15,0), Quanto á distribuição da classificação dos domínios da qualidade de vida, constatou-se que os aspectos sociais são classificados de forma excelente (n= 11/ 54.7%) enquanto o domínio da limitação física é classificado como muito ruim (n= 10/ 55,9%). CONCLUSÃO: O presente estudo demonstra que não houve melhora nos componentes físicos, mesmo com a prática regular da dança. Por outro lado, o estudo apontou aspectos positivos nas dimensões psicossociais na qualidade de vida no pós-tratamento do câncer de mama. 

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