Resumo

OBJETIVO: Avaliar o impacto na qualidade de vida de pacientes diabéticos que utilizam terapia com insulina quando comparados aos diabéticos usuários da terapia padrão oral. MÉTODOS: Trata-se de um estudo descritivo transversal envolvendo 100 pacientes diabéticos, acima de 18 anos (50 usuários de insulina associada ou não ao uso de antidiabéticos orais e 50 não usuários de insulina), recrutados na atenção secundária de saúde na região sul do estado do Ceará, Brasil. Utilizou-se o questionário validado B-PAID (Versão brasileira da escala PAID), acrescido de informações específicas como idade, gênero, tempo de diabetes, uso de insulina e principais dificuldades com a utilização da mesma. Foi utilizado teste t independente para comparação entre os escores das amostras e teste de correlação de Pearson entre os valores de tempo de diabetes e escore total do questionário B-PAID. RESULTADOS: Foi possível verificar que pacientes usuários de insulina apresentaram piores índices de qualidade de vida do que os não usuários de insulina (46,1±22,2 vs. 29,3±20,8, p<0,01). O maior impacto negativo foi observado nas áreas relacionadas ao tratamento e à problemas emocionais relacionados ao diabetes. O gênero feminino foi mais afetado do que o gênero masculino, independentemente da utilização de insulina. Dentre os usuários de insulina, apenas 12% não relataram dificuldades com o uso da mesma. CONCLUSÕES: A terapia com insulina esteve correlacionada a piores índices de qualidade de vida na amostra estudada, independentemente do tempo de diagnóstico de diabetes. No entanto, deve-se considerar que estes resultados pedem estar relacionados às características intrínsecas da população estudada, bem como do ambiente que as cerca.

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