Qualidade do Sono e Tolerância Ao Esforço em Portadores de Apneia Obstrutiva do Sono
Por Aliny Priscilla do Nascimento (Autor), Vívian Maria Moraes Passos (Autor), Rodrigo Pinto Pedrosa (Autor), Maria do Socorro Brasileiro-Santos (Autor), Isly Maria Lucena de Barros (Autor), Laura Olinda Bregie (Autor).
Em Revista Brasileira de Medicina do Esporte v. 20, n 2, 2014. Da página 115 a 119
Resumo
Introdução: O sono é um estado natural e recorrente, no qual acontecem processos neurobiológicos importantes. A má qualidade do sono está diretamente associada com piores indicadores de saúde. A qualidade do sono pode ser medida objetiva e subjetivamente por métodos como a polissonografia, que é o padrão de referência, ou por meio de testes e questionários, como o índice de qualidade de sono de Pittsburgh (IQSP). Objetivo: Correlacionar a qualidade do sono com a tolerância ao esforço em pacientes portadores da síndrome da apneia/hipopneia obstrutiva do sono (SAHOS). Métodos: Participaram do estudo 63 indivíduos (57 mulheres e seis homens), média de idade de 51,7 ± 6,6 anos; índice de massa corpórea (IMC) média de 28,2 ± 5,0 kg/m 2); índice de apneia/hipopneia (IAH) médio de 7,3 ± 10,50 eventos/hora, verificado através da polissonografia. Para a avaliação da qualidade do sono, os participantes responderam ao IQSP, e para a avaliação da tolerância ao esforço, realizaram o teste de caminhada de 6 minutos (TC6M). Resultados: Não houve correlação entre o IQSP e o TC6M (Rs = -0,103620, p = 0,419), assim como entre o IAH e o TC6M (R s = -0, 000984, p = 0,9939). Podemos sugerir que a qualidade do sono e a gravidade da SAHOS não afetam a tolerância ao esforço dos indivíduos com SAHOS. Conclusão: Estudos com uma amostra maior, levando-se em consideração a estratificação pela gravidade da SAHOS e utilizando métodos mais acurados de avaliação da capacidade funcional, devem ser realizados, a fim de que resultados mais abrangentes possam ser obtidos.