Resumo

Amputação consiste na perda ou remoção total ou parcial de um ou mais membros, de forma traumática ou cirúrgica, acarretando danos físicos, psicológicos e /ou sociais, que resultam em redução da qualidade de vida (QV). O esporte tem sido apontado como releva nte ferramenta para a reabilitação e reintegração social de indivíduos amputados. O objetivo desta pesquisa foi analisar a qualidade de vida, desempenho ocupacional, força muscular e amplitude de movimento de adultos com amputação dos membros inferiores praticantes e não praticantes de esportes. A amostra foi constituída por 45 amputados, divididos em dois grupos: Esportista (GE, n = 23) e Não Esportista (GNE, n = 22). A coleta foi realizada em Curitiba, Aracaju e Maceió, no período de dezembro/2013, janeiro e março de 2014. Os instrumentos utilizados foram o questionário The Short Form Health Survey (SF-36), a Medida Canadense de Desempenho Ocupacional (COPM), a goniometria e o teste de força muscular de Kendall. Para a análise estatística, foram utilizados os testes de Shapiro - Wilk, qui-quadrado , T de Student e de Mann-Whitney (p < 0.05). Para a variável qualidade de vida, houve diferença significante em todos os oito domínios da avaliação SF-36: capacidade funcional, limitação por aspectos físicos, dor, estado geral de saúde, vitalidade, aspectos sociais, emocional e saúde mental entre os grupos, tendo o GE apresentado os melhores resultados, indicando melhor qualidade de vida que o GNE. O GE apresentou índices significantemente mais elevados de desempenho ocupacional, força muscular (para os músculos flexores e extensores do quadril) e amplitude de movimento (para flexão e abdução do quadril). Concluiu-se, portanto, que houve maior qualidade de vida, desempenho ocupacional, força muscular e amplitude de movimento para amputados que praticam alguma modalidade esportiva.
 

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