Resumo

O sedentarismo é dos fatores de risco, o mais comum em diversas populações sendo que, baixos níveis de atividade física favorecem o surgimento de diversas doenças crônico degenerativas. A qualidade de vida pode ser considerada como a capacidade que uma determinada cultura possui em sintetizar diversos elementos considerados como padrões de conforto e bem estar refletindo conhecimentos, experiências, valores individuais e coletivos sendo, portanto uma construção social. Este estudo avaliou o nível de atividade física (NAF) e a percepção de qualidade de vida (QV) de uma amostra de 63 funcionários de uma empresa de tecnologia da comunicação, sendo os sujeitos selecionados através de sorteio randômico de uma população de 789 funcionários administrativos. O questionário utilizado para determinar o NAF foi a versão 8 do Questionário Internacional de Atividade Física (IPAQ), com perguntas sobre a relação da frequência e duração na realização de atividades físicas vigorosas, moderadas e de caminhada. Os indivíduos foram classificados em muito ativos, ativos, insuficientemente ativos e sedentários. Quanto a variável QV utilizou-se o Whoqol - BREF que mede a percepção de qualidade de vida pelo individuo, por meio de uma escala contendo quatro domínios (físico, psicológico, relações sociais e meio ambiente) e uma componente denominada "overall" (avaliação global). Coletaram-se também informações sociodemográficas e condição de saúde. Para verificar a validade do questionário da escala aplicado à população foi calculado o Alpha de Crombach. A normalidade das variáveis do WHOQOL - BREF foi testada através do teste de normalidade de Kolmogorov- mirnov. A relação e associação entre o NAF a QV e as variáveis demográficas foi testada por meio do quiquadrado, Anova (análise de variância) e Kruskal-Wallis. Todos os testes consideraram um nível de significância de 0,05, as análises foram realizadas por meio do software estatístico SPSS versão 17. Quanto ao nível de atividade física, a maioria da amostra referiu ser insuficientemente ativa (50,8%), ativa (36,5%), muito ativa e sedentária (6,3%). Os homens (55,5%) demonstraram maior envolvimento com atividades físicas em níveis para a promoção da saúde do que as mulheres (25,9%). No que tange à QV a amostra relatou já, no primeiro quartil, valores superiores aos 50 pontos demonstrando um alto nível de QV com o Alpha de Cronbach em 0,8 sendo o domínio físico como o de melhor resultado (76 pontos). Apenas a variável "o estado de saúde dificulta na prática de atividade física" mostrou relação significativa com o domínio físico e psicológico (p<0,05). Observou-se, na amostra, o maior predomínio de sujeitos do sexo masculino (57,1%), casados (55,6%), faixa etária entre 30 e 39 anos (50,8%) idade média de 34,8 anos, DP ± 8,78, com mais de 15 anos de estudo (84,1%) e maioria concentrando-se nas classes A e B (58,7%). Concluímos que apesar da amostra ser composta por pessoas com alta escolaridade e renda, além de boa saúde, 57,2% desta, não atinge os níveis recomendados em atividades físicas necessárias para a promoção da saúde, apesar da grande maioria referir boa percepção de qualidade de vida.

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